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 | 27/03/2008 08h34min

Inflação e corrupção na lista de problemas dos Kirchner

Buenos Aires tem noite de confronto e panelaço

Quase cinco anos depois de Néstor Kirchner tomar posse como presidente da Argentina e pouco mais de 100 dias após a chegada de sua mulher, Cristina Kirchner, à Casa Rosada, o chamado “casal presidencial” está enfrentando sua pior crise. Um dos principais pesadelos é a inflação. A alta de preços no país, que entrou em escalada há meses, acelerou a velocidade nas últimas duas semanas, coincidindo com a greve dos agricultores e o conseqüente desabastecimento no comércio argentino.

Diversas consultorias econômicas afirmam que nesse período a cesta básica de alimentos registrou uma alta de 12,5% nos preços. Alejandro Catteberg, da consultoria Poliarquía, considera que “a inflação, mais do que qualquer outro problema, tem capacidade de diluir rapidamente” a situação de popularidade de um presidente na Argentina. Os analistas afirmam que os argentinos já começaram a ficar cansados da manipulação que o governo faz no índice de inflação e da “prepotência” do casal Kirchner.

Além da pressão inflacionária, uma série de escândalos de corrupção, envolvendo alguns dos principais ministros argentinos, tem abalado há meses o governo. O mais notório é o “Caso da Maleta”, cujo pivô é um misterioso empresário venezuelano, Guido Antonini Wilson, que em setembro passado tentou entrar no país com US$ 890 mil em uma maleta. O dinheiro foi descoberto e confiscado pela alfândega, fato que disparou suspeitas sobre o destino desses fundos. Venezuelanos detidos pela polícia dos Estados Unidos em Miami afirmam que o dinheiro seria usado na campanha eleitoral de Cristina Kirchner em 2007.

Para completar a sucessão de problemas do casal Kirchner, a ameaça de uma nova crise energética no país, com a proximidade do inverno, não está descartada.

Confronto e panelaço

Confrontos entre manifestantes contra e pró-governo deixaram feridos em Buenos Aires na noite desta quarta-feira, a segunda de panelaço na capital argentina. Centenas de manifestantes, a maioria de classe média, se reuniram na Praça de Maio, no Obelisco e nas principais vias de alguns bairros em protesto contra a decisão da presidente Cristina Kirchner de encerrar o diálogo com produtores rurais em greve.

Agência Estado
 
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