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 | 13/03/2008 09h40min

Cacciola pode ser extraditado a qualquer momento

Decisão da Justiça pode ser publicada nos próximos oito dias

Começou hoje a contagem regressiva para a provável extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, após a última audiência realizada em Mônaco. A partir de agora, a decisão da Justiça pode ser publicada a qualquer momento nos próximos oito dias, e o Brasil está confiante de que, como a documentação correta, o parecer será positivo.

Cacciola chegou em um carro comum da polícia, com vidros transparentes, e permitiu que fosse fotografado, antes da audiência que durou cerca de uma hora. Os documentos, entregues com antecedência, na segunda-feira, para possibilitar que a defesa tenha acesso às informações, serão analisados pelo Tribunal de Apelações do principado.

Entre os documentos solicitados estão um atestado no qual o governo brasileiro se compromete a garantir o amplo direito de defesa ao ex-banqueiro em caso de extradição — um indicativo de que a Justiça pode já estar preparando a extradição.

Além da garantia, os juízes solicitaram ainda uma nova cópia da sentença de condenação de Cacciola, datada de 2005, e a tradução do artigo 594 do Código de Processo Penal brasileiro. O texto vem sendo usado pelo advogado monegasco de defesa do ex-banqueiro, Frank Michel, para sustentar a tese de que a Justiça brasileira não estaria analisando os recursos impetrados por outro defensor, o brasileiro Carlos Ely Eluf.

Entenda o caso

O ex-banqueiro Salvatore Cacciola era dono do Banco Marka e está foragido da Justiça brasileira desde 2000. Ele foi condenado a 13 anos de prisão, em 2005, por crimes de gestão fraudulenta, peculato e corrupção passiva durante a crise cambial que resultou na desvalorização do real, em 1999.

Juntos, o Marka de Cacciola e outro banco, o FonteCindam, foram socorridos pelo Banco Central (BC) para não provocar uma crise no sistema bancário, mas teriam dado prejuízo de R$ 1,6 bilhão ao governo.

Cacciola, que tem cidadania italiana, mora em Roma, onde é proprietário de um hotel. Ao se hospedar em um hotel de Monte Carlo, Cacciola acabou sendo preso porque o nome dele foi localizado pela polícia durante uma vistoria de rotina em fichas de hóspedes do principado. Desde que fugiu do Brasil, o banqueiro passou a integrar a lista internacional de foragidos da Interpol (agência de polícia internacional).

Agência Estado
 
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