| 19/02/2008 10h43min
Cinco meses depois de ser preso, o ex-banqueiro Salvatore Cacciola deve, enfim, enfrentar hoje sua última audiência no Tribunal de Apelações da Justiça de Mônaco. Esperada desde 15 de setembro, a sessão vem sendo apresentada tanto pelos magistrados quanto pelos advogados de defesa como aquela que vai definir o destino do ex-foragido número 1 do Brasil.
A sessão do Tribunal de Apelações estava marcada para as 14h (10h de Brasília), no Palácio de Justiça do principado. Como nas audiências anteriores, Cacciola será representado pelo advogado monegasco Frank Michel, assessorado por italianos e brasileiros. Autor dos pedidos que resultaram em sucessivos atrasos no julgamento desde 26 de novembro, Michel reconhece que os argumentos estão expostos e a decisão final deve ser dada hoje. Gérard Dubes, primeiro procurador-geral substituto de Mônaco, também foi taxativo quanto ao prazo.
—Não há novos argumentos para o caso. Logo, não há mais por que postergar — disse ele, após a
última sessão, no fim de
janeiro.
Se tiver de voltar ao Brasil, Cacciola responderá pelos crimes de peculato e gestão fraudulenta cometidos durante a crise cambial do real, em janeiro de 1999, que lhe valeram a pena de 13 anos de prisão à qual está condenado no Brasil. À época, o ex-banqueiro era proprietário do Banco Marka, que, ao lado do Banco Fonte Cindam, foi responsável por um prejuízo avaliado em R$ 1,57 bilhão.
Banqueiro Salvatore Cacciola, ex-dono do banco Marka, foi denunciado pelo MP por crime contra o sistema financeiro nacional
Foto:
Cacalos Garrastazu
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Zero Hora
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