| 11/03/2008 17h49min
A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou acima dos 62 mil pontos hoje, alinhada aos índices acionários norte-americanos, após anúncio de medidas pelos principais bancos centrais do mundo, liderados pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano), para ampliar a oferta de liquidez ao sistema financeiro.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, fechou na máxima do dia, aos 62.367,7 pontos, em alta de 3,95%. O avanço é o maior desde 24 de janeiro deste ano, quando o indicador subiu 5,95%. Na mínima hoje, o índice alcançou 60.005,8 pontos (alta de 0,01%). O volume financeiro somou R$ 5,883 bilhões.
O Fed informou que vai emprestar até US$ 200 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) para as instituições financeiras credenciadas durante um período de 28 dias (ao invés de overnight, como atualmente) tomando como garantia outros ativos, incluindo dívida de agência federal, ativos garantidos por hipotecas residenciais de agências federais e hipotecas residenciais
com boa classificação de
risco.
A autoridade americana também autorizou aumento dos atuais acordos temporários de reciprocidade de moedas (linhas swap) com o Banco Central Europeu e com o Banco Nacional Suíço (SNB).
Os acordos colocarão dólares à disposição em montantes de até US$ 30 bilhões para o BCE e de até US$ 6 bilhões para o SNB.
Tais medidas foram acompanhadas de uma ação conjunta com outros BCs, como o do Canadá, da Inglaterra e o Suíço, para ajudar a aliviar as pressões por liquidez nos mercados de crédito.
Na visão do estrategista Adam Cole, da RBC Capital Markets, o anúncio feito pelo Fed é "um remendo com gesso".
— Não é como se a perspectiva da economia dos EUA tenha melhorado dramaticamente hoje, mas as medidas ajudam o mercado a andar — disse ele à Dow Jones.
E foi o que aconteceu. Nos Estados Unidos, o Dow Jones subiu 3,55%, o S&P-500 avançou 3,71% e o Nasdaq ganhou 3,98%.
Ações
No caso específico da Bolsa paulista, a retomada da
alta do petróleo impulsionou as ações da Petrobras. As preferenciais (PN) subiram 3,92% e as ordinárias (ON) valorizaram-se 3,91%. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo encerrou com novo recorde, a US$ 108,75 por barril (alta de 0,79%).
A recuperação dos papéis da Vale, outro carro-chefe do Ibovespa, também ajudou a dar suporte à melhora do índice paulista, mesmo com a queda nos metais no exterior. Vale PNA subiu 5,28% e Vale ON aumentou 4,11%.
No noticiário corporativo, os investidores olharam os números da CSN, que reportou lucro líquido recorde de R$ 2,922 bilhões em 2007, o que representa uma alta de 150% ante 2006. A CSN também informou que vai reajustar a partir de 18 de março o preço de todos os seus produtos.
As ações ON da CSN fecharam em alta de 2,32%. Na mesma direção, ficaram Usiminas PNA (+5,41%) e Gerdau PN (5,65%).
Outro destaque foi o papel ON da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR). A ação chegou a
cair 5,50%, em resposta ao leilão do trecho Oeste
do Rodoanel, mas terminou o dia em alta de 4,80%.
A empresa apresentou a melhor proposta, com uma tarifa de pedágio de R$ 1,1684, que representa um deságio de 61,05% sobre o teto de R$ 3 estipulado no edital da concessão. A proposta da CCR foi feita em conjunto com a Encalso, no consórcio Integração Oeste.
No Ibovespa, as altas foram lideradas por: Eletrobrás ON (+8,46%), Light ON (+7,86%) e Lojas Renner ON (+7,72%). No outro extremo: Cesp PNB caiu 3,45%; Souza Cruz ON recuou 2,31% e TAM PN cedeu 1,88%.
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