O dólar inverteu o sinal esta tarde e passou a subir ante o real, por volta do horário em que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez declarações sobre o que o governo pode fazer para tentar contar a valorização da moeda brasileira. Minutos depois, porém, o dólar voltou a cair.

Na máxima, o dólar comercial chegou a R$ 1,708, em alta de 0,12%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista também foi cotado a R$ 1,708, em alta de 0,18%. Às 15h15min, porém, o dólar comercial valia R$ 1,693, em baixa de 0,76%, e o dólar na BM&F tinha taxa de R$ 1,69, em queda de 0,88%.

O retorno ao terreno negativo se deu após o ministro Mantega dizer que a cotação da moeda americana está "derretendo" em relação ao Real, sem anunciar nenhum pacote cambial que esteja sendo estudado pelo governo. Mantega confirmou que o governo poderá adotar novas medidas para conter a excessiva valorização do real frente ao dólar e admitiu que o governo poderá acabar com a cobertura real (exigência de que as receitas com exportação sejam internalizadas no país. Hoje, o governo permite que apenas 30% dos recursos sejam mantidos no exterior).

O aumento dos ganhos nas Bolsas de valores em Nova York e São Paulo também colaborou para a queda do dólar. Por volta do horário citado, o Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, subia 2,11%. Em Wall Street, o Dow Jones avançava 2,20%.