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 | 07/03/2008 06h15min

Metade das certificadoras corre risco de descredenciamento

Redução pode ser feita após relatório final da missão européia

Patrícia Meira  |  patricia.meira@zerohora.com.br

As certificadoras estão enfrentando chumbo grosso pelas falhas nos controles dos animais nas fazendas. Tão logo termine a missão da União Européia que está no Brasil auditando propriedades liberadas a exportar carne bovina, aproximadamente 20 das 48 empresas autorizadas pelo governo federal para certificar animais no sistema nacional devem ser descredenciadas.

Segundo fontes do Ministério da Agricultura, são empresas sem estrutura mínima de atendimento ou coniventes com pecuaristas que driblavam as regras de rastreamento do gado.

Apesar dos fortes rumores e de uma reunião sigilosa nessa quinta-feira, dia 6, em Brasília, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, negou a suspensão neste momento. Em 2007, após assumir a inspeção dessas empresas, a Secretaria de Defesa Agropecuária desclassificou 22 certificadoras por descumprimento dos serviços para os quais recebem concessão pública. Algumas ainda estão operando amparadas por liminares judiciais.

Kroetz informa que o plano de ação em relação ao sistema somente será colocado em prática após o dia 14, com a entrega do relatório conclusivo dos europeus:

– O resultado da missão será utilizado para otimizar o processo de rastreabilidade junto às certificadoras e às propriedades que serão auditadas novamente. As empresas que estão cumprindo seu papel permanecem.

As auditorias do Ministério da Agricultura sobre os serviços das certificadoras deveriam ocorrer pelo menos uma vez por ano, o que ocorre em poucos Estados.

De acordo com o diretor de Tecnologia e Gestão da Planejar, Aécio Flores, a empresa já foi inspecionada oito vezes pelo Ministério da Agricultura, o que demonstra acompanhamento contínuo dos serviços. Para migrar de certificadora, o produtor tem de assinar um termo de adesão e passar por nova auditoria. O custo é de cerca de R$ 600. 

Nessa quinta-feira, em Brasília, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, tentou minimizar um possível questionamento, na Justiça, da lista 106 fazendas consideradas aptas a abastecer a União Européia. A tentativa partiu do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).

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