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 | 05/03/2008 19h20min

Bolsa fecha em alta de 1,53%, com NY e commodities

Volume financeiro negociado hoje alcançou R$ 6,290 bilhões

A alta das commodities (produtos básicos) no Exterior, com destaque para o recorde do preço do petróleo, sustentou os ganhos da Bovespa hoje, que ainda contou com uma ajuda das bolsas americanas.

Um índice do setor de serviços dos Estados Unidos melhor do que o previsto e um documento do banco central americano considerado neutro deram gás aos negócios com ações, embora o índice Dow Jones, o mais tradicional de Nova York, tenha titubeado com o anúncio de emissão de ações pela seguradora de bônus Ambac.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, encerrou a sessão em +1,53%, aos 64.629,5 pontos. Oscilou entre a mínima de 63.653 pontos (estável) e a máxima de 65.045 pontos (+2,18%). No mês, tem ganhos acumulados de 1,80% e, no ano, de 1,16%. O volume financeiro negociado hoje alcançou R$ 6,290 bilhões.

Os mercados já amanheceram recuperados da queda de ontem, amparados nas projeções favoráveis de desempenho feitas pela Cisco e pela expectativa de ajuda à seguradora Ambac.

Na hora do almoço, o índice americano ISM do setor de serviços consolidou a trajetória ascendente. O índice não foi exatamente bom, pois segue abaixo de 50, o que indica contração da atividade. Mas ao ficar em 49,3 em fevereiro, acima da previsão de 46,5, deu uma injeção de adrenalina no mercado.

Petróleo

Mais animados com a possibilidade de a economia não estar assim tão ruim, os investidores acabaram relegando a segundo plano o enfraquecimento do dólar e até mesmo a disparada do preço do petróleo.

A commodity foi pressionada pela decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de não alterar sua produção — havia pressão para que elevasse a oferta de petróleo — e também pelos estoques menores referentes à última semana nos Estados Unidos.

O contrato futuro com vencimento em abril negociado em Nova York atingiu o recorde de US$ 104,52 por barril, com alta de 5,02%.

Dólar

O dólar fraco também pressiona os preços do óleo, assim como das demais commodities, que acabam sendo procuradas como alternativas de investimento seguro. Nesse contexto, os metais mais uma vez fecharam com elevação no Exterior.

Ambac

O que desagradou foi a expectativa não efetivada de um pacote de injeção de recursos na Ambac, segunda maior seguradora de bônus dos EUA.

A Ambac passa por problemas por causa da crise no setor de crédito e por isso pode ter seu rating (nota) rebaixado pelas agências de classificação de risco.

A empresa anunciou que vai emitir pelo menos US$ 1 bilhão em ações ordinárias e US$ 500 milhões em units (combinação de valores mobiliários, negociados como se fossem uma unidade), ou seja, não virá um pacote coordenado de aporte de recursos.

O Dow Jones chegou a inverter a mão depois da notícia da Ambac, mas na reta final do pregão subiu 0,34%, aos 12.255,0 pontos. O índice S&P avançou 0,52% e o Nasdaq, 0,55%.

Ações

Aqui, com as commodities em alta no exterior, Vale e Petrobras subiram, com ordens de compra que também vieram dos investidores estrangeiros, hoje de volta à sessão, segundo alguns operadores.

Vale PNA ganhou 1,81%, Vale ON subiu 3%, Petrobras PN avançou 2,48% e Petrobras ON registrou elevação de 2,86%.

O setor de telecomunicações também foi destaque, após relatório divulgado pela agência de classificação de risco Moody's afirmando que os fundamentos de crédito das empresas latino-americanas do setor devem seguir estáveis nos próximos 12 a 18 meses.

A justificativa está no "robusto fluxo de caixa, nas elevadas margens e na ampla liquidez" dessas companhias. Como fator de risco para as receitas, a Moody's menciona a forte pressão competitiva na região. Telemar PN liderou os ganhos do Ibovespa, com valorização de 5,49%.

Agência Estado
 
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