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 | 29/02/2008 09h

Missão sanitária da UE mantém vistoria rigorosa no Brasil

Todas as análises em cinco Estados exportadores devem ser feitas até 11 de março

Orelha por orelha, brinco por brinco. Além de checar todos os dados de "identidade" do rebanho, os inspetores da União Européia (UE) vasculham as farmácias das fazendas atrás de medicamentos vencidos e os depósitos de rações para ver se o gado é alimentado com proteína animal, o que os europeus vetaram após os surtos da doença da vaca-louca.

Apesar da filtragem na lista das fazendas aptas a abastecer os frigoríficos e a exportar carne in natura para os 27 países da UE, a missão sanitária que está no Brasil mantém uma vistoria rigorosa na análise dos dados de rastreabilidade do gado.

O jornal O Estado de S. Paulo acompanhou, anteontem, o primeiro dia da visita dos europeus a fazendas em 28 municípios de cinco Estados exportadores que serão vistoriadas (GO, MT, MG, RS e ES).

A holandesa Frankie de Dobbelaere e o belga André Evers estiveram na Fazenda 3 A II, no município de Mozarlândia, a cerca de 300 quilômetros de Goiânia, para conferir se a numeração inscrita nos brincos e nos bótons dos animais confere com os dados armazenados no Ministério da Agricultura. A diferença entre os números do brinco e as informações da base oficial de dados foi uma das falhas apontadas pela UE durante inspeção do fim de 2007.

Na fazenda 3 A II, eles avaliaram os dados de todos os 609 animais que estão cadastrados no Sisbov, o sistema brasileiro de rastreabilidade.

Dois bezerros recém-nascidos ainda estavam sem brinco.

— A inclusão no Sisbov só é permitida após a desmama — explicou Alvino Antônio Alves Junior, proprietário da fazenda, que acompanhou pessoalmente a visita dos fiscais da UE.

Acompanhados de um tradutor, os europeus não emitiram opinião sobre o que viram. Além de checar se havia medicamentos vencidos, os fiscais procuraram na farmácia da fazenda por substâncias proibidas nos estoques.

A questão do manejo alimentar, ou seja, da ração ou suplementação que é oferecida ao gado, também foi avaliada, já que a proteína de origem animal é proibida na alimentação dos rebanhos.

Os dados referentes à movimentação dos animais passaram pelo crivo dos europeus. Eles também fizeram perguntas sobre a capacitação teórica e prática dos inspetores brasileiros que fiscalizam as fazendas.

Todas as vistorias devem ser feitas até 11 de março. No dia 14, eles planejam se reunir em Brasília para comentar, de forma preliminar, o resultado das inspeções. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agência Estado
 
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