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 | 29/02/2008 08h48min

Criadores defendem sistema de rastreabilidade do gado

Regras do Sisbov têm sido criticadas pelo líder ruralista no Congresso, deputado Ronaldo Caiado

Os fazendeiros querem manter o Sisbov, o sistema de rastreamento de animais, e torcem para que os políticos não insistam em mudar as regras no meio do jogo, o que atrasaria ainda mais a retomada das exportações de carne à União Européia (UE).

Os prefeitos lamentam a perda de arrecadação, acham que o Ministério da Agricultura relaxou na vigilância sanitária e admitem que os fazendeiros precisam ser cobrados para manter respeito às regras.

Alvino Antônio Alves Júnior, proprietário da primeira fazenda vistoriada pelos fiscais europeus, em Goiás, disse que o Brasil precisa cumprir o acerto com a UE. As regras do Sisbov têm sido criticadas pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), líder ruralista no Congresso que defende a definição de novas regras pelos parlamentares.

— Não adianta mudar a regra agora — disse Alvino.

Márcio Cunha de Azevedo, proprietário da Fazenda Santa Marta, no município goiano de Crixás, também saiu em defesa do modelo de rastreabilidade e aposta no mercado europeu. Para atender às exigências do bloco, ele está investindo R$ 100 mil na reforma do curral de sua propriedade:

— Eu acredito que a rastreabilidade pode representar vantagens, ou seja, preço melhor para o pecuarista.

Azevedo não sabe se os técnicos europeus inspecionarão sua propriedade, mas garantiu que cumpre as regras do bloco. Ele cria cerca de 2,6 mil cabeças numa fazenda de 4 mil hectares:

— Está tudo certinho.

Alvino Alves Júnior, da Fazenda 3 A II, lembrou que antes do embargo da UE, em 1º de fevereiro, ele conseguia vender em Goiás animais rastreados com ágio de R$ 3 por arroba. A suspensão das importações acabou com o diferencial.

O prefeito de Crixás, Olímpio César de Araujo Leão (PSDB), apontou o governo federal e os pecuaristas como responsáveis pelo embargo da UE à carne brasileira.

Para ele, o governo, especificamente o Ministério da Agricultura, não fiscalizou como deveria as fazendas e as empresas certificadoras para saber se as regras de rastreabilidade exigidas pelos europeus estavam sendo cumpridas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agência Estado
 
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