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 | 22/02/2008 15h48min

Petrobras não acredita em retaliações da Argentina

Presidente da empresa destaca que Brasil tem necessidade plena do gás importado da Bolívia

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse não acreditar em uma possível retaliação do governo argentino pelo fato de o Brasil se opor à proposta de reduzir as importações de gás da Bolívia, para ceder à Argentina.

Fontes do Ministério de Planejamento argentino chegaram a anunciar à imprensa que poderiam retaliar a Petrobras no país, com o corte de gás para suas petroquímicas.

— Nós não acreditamos (em retaliação). As nossas relações na Argentina, com o governo argentino, são muito boas. Vamos continuar com o diálogo e posições adequadas de negociação — disse Gabrielli.

Ele lembrou que a Bolívia tem um contrato assinado com o Brasil, cuja validade vai até 2019, reiterando que o país precisa dos 30 milhões de metros cúbicos por dia.

— O que nós informamos aos governos brasileiro, boliviano e argentino é que esta necessidade de gás da Bolívia é uma necessidade do mercado brasileiro. Não é da Petrobras — avisou ele.

Gabrielli insistiu:

— A Bolívia vende gás às distribuidores no Brasil. Portanto, temos uma responsabilidade com o mercado brasileiro, antes de tudo. E o mercado brasileiro, neste momento, tem necessidade plena do gás que nós estamos trazendo da Bolívia.

Para justificar o aumento do consumo de energia, Gabrielli salientou que, embora o consumo do ano passado tenha sido muito menor, nos últimos seis meses aumentou 600%. Somente, no domingo de carnaval, atingiu a geração de 4 mil megawatts (MW).

— Isso não quer dizer que a Petrobras não seja sensível às necessidades do mercado elétrico da Argentina. Isso significa, portanto, que a Petrobras está disposta, conjuntamente com o Brasil, a analisar algumas possibilidades de fornecimento elétrico à Argentina em momentos emergenciais viabilizando geração elétrica no Brasil, adicional à necessidade do Brasil, para exportação para a Argentina — afirmou.

Agência Estado
Valter Campanato, ABr  / 

Gabrielli: "Nós não acreditamos (em retaliação). As nossas relações na Argentina, com o governo argentino, são muito boas"
Foto:  Valter Campanato, ABr


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