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 | 18/02/2008 08h16min

Vistoria européia a fazendas brasileiras será feita de surpresa

Propriedades terão poucas horas de aviso prévio sobre a chegada da comissão

Os proprietários das fazendas que forem escolhidas para receber a visita dos fiscais da União Européia (UE) que vêm ao país para inspecionar o controle sobre a carne exportada serão avisados apenas poucas horas antes da chegada da equipe.

Desde o dia 1º de fevereiro, a UE mantém sob embargo a compra de carne bovina brasileira com a alegação de que o rastreamento e o controle sobre a criação e o abate não atendem às exigências. Os representantes da UE terão autonomia para selecionar os locais que irão fiscalizar, e os proprietários serão avisados com uma antecedência de, no máximo, 48 horas.

– Este procedimento tem o objetivo de dar credibilidade ao processo de auditoria. Esses prazos impedem que possa ocorrer qualquer tipo de maquiagem da realidade nas fazendas – explica o secretário de Defesa Agropecuária, José Inácio Kroetz.

A visita começará com uma auditoria no Sistema Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), em Brasília. Os representantes da UE devem chegar a Brasília no dia 25 e, no dia 27, podem iniciar o roteiro de viagens que inclui cerca de 30 fazendas.

A pré-agenda foi elaborada em Bruxelas juntamente com os representantes do bloco. Os auditores visitarão propriedades nos seis Estados que integram a área credenciada para exportar à UE: Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Governo foi alertado sobre riscos há um ano

Os primeiros alertas sobre a possibilidade de a União Européia (UE) suspender as importações de carne brasileira foram recebidos há quase um ano pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, segundo reportagem que o jornal O Globo publica nesta segunda-feira, dia 18. Documentos obtidos pelo jornal mostram que a primeira advertência foi feita pela diretora-geral adjunta de Saúde e Defesa do Consumidor da UE, Paola Testori Coggi, no dia 27 de abril.

Nesse documento, a UE estabeleceu um prazo até o fim de 2007 para que as autoridades brasileiras cumprissem as recomendações feitas pelas oito missões da Food and Veterinary Office (FVO, responsável pelo controle sanitário na UE) ao longo de 2006, especialmente em relação à rastreabilidade do gado brasileiro - acompanhamento e registro dos eventos ocorridos desde o nascimento ou identificação até o abate ou morte do animal.

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