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 | 13/02/2008 17h09min

Campus Party também tem espaço para "jogos boêmios"

Prefeitura de São Paulo quer incentivar brincadeiras de avós dos nerds

Em meio a computadores de última geração, robôs que interagem com o público e simuladores de cenários virtuais, um estande da Campus Party, no Prédio da Bienal, em São Paulo, destoa por não ter ao menos um equipamento eletrônico. No fundo do pavilhão, o que se vê são duas mesas de futebol de botão, uma de sinuca, duas de pebolim e outras de xadrez e dama — os chamados "jogos boêmios".

Pelo movimento no local, dá para notar que os fanáticos por internet também se interessam por algumas atividades que divertiam seus pais e avós sem precisar envolver mouses, processadores ou a incrível conexão de cinco Gigabytes por segundo — uma das novidades do evento. Para a Secretaria Municipal de Esportes (Seme), que montou o espaço, o objetivo é incentivar a prática de esportes "boêmios" numa feira onde muitos participantes passam várias horas de seu dia na frente do computador.

— Queremos tirar um pouco essas pessoas do computador e trazê-las ao tempo dos jogos que nossos pais e avós praticavam, naquele tempo de boteco — afirmou a representante da Seme no estande, Tatiana Barros, revelando que o espaço é o último do evento a fechar, por volta das 3h, e a procura pelas mesas é grande, principalmente à tarde e à noite. — O pessoal desce para comer e passa aqui para relaxar. Eles fazem campeonato de botão, de pebolim, depois voltam para seus computadores — disse.

É o caso dos venezuelanos Arley Lozano, de 23 anos, e Miguel Angelo Bohorguez, de 25, ambos empresários, que vieram ao país especialmente para a Campus Party. Após o almoço, eles disputaram algumas partidas de pebolim para desligarem um pouco suas cabeças dos laptops.

— É ótimo para se divertir depois das refeições e para fazer digestão — relatou Arley.

Instruções

Para quem não conhece as regras da sinuca ou do futebol de botão, ou mesmo quem quer apenas dicas para aperfeiçoar seu jogo, o espaço conta com professores. Para o instrutor de botão, o militar aposentado Olímpio Santiago, há quatro anos jogador oficial, os jogos "boêmios" não concorrem com o computador. Ele entende que as brincadeiras desenvolvem o controle psicomotor e a coordenação dos praticantes:

— É difícil controlar o pensamento sincronizado com os movimentos precisos da mão. É necessário cálculo e muito treino.

Acompanhe notícias do evento no Blog da Vanessa Nunes

Agência Estado
 
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