| 07/02/2008 17h22min
Os principais lobistas na Europa contra a importação de carne brasileira — os produtores de carne da Irlanda — alertam que não aceitarão a nova lista proposta pelo Brasil à União Européia (UE), com pouco mais de 600 fazendas a serem autorizadas a exportar o produto. A UE havia estipulado que o Brasil deveria apresentar uma lista com 300 fazendas com certificados sanitários para vender carne ao mercado europeu. No mês passado, o governo enviou um rol com 2,6 mil fazendas, o que irritou a UE e obrigou Bruxelas a simplesmente suspender toda a importação de carne do Brasil.
Os irlandeses foram os mais afetados nos últimos dois anos pela concorrência da carne brasileira e, diante de seus preços pouco competitivos, perderam mercado para o Brasil. Agora, aproveitam os problemas sanitários no país para tentar reconquistar uma fatia do consumo europeu. Em Dublin, a Associação de Fazendeiros da Irlanda afirmou que insistirá com a UE para que não aceite a nova lista.
— A União
Européia pediu 300
fazendas e, para um europeu, 300 não são 400 nem 600. A comissária Agrícola da União Européia, Mariann Fischer Boel, já nos garantiu que não haverá uma lista brasileira com mais de 300 propriedades — afirmou Kevin Kinfella, um dos representantes da poderosa entidade.
Os irlandeses ainda apontam que a nova lista brasileira deve ser vista com desconfiança pela UE.
— O Brasil perdeu toda sua credibilidade ao desafiar a Europa — disse o presidente da entidade, Padraiog Walshe.
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