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 | 20/12/2007 16h59min

Restrições européias à carne brasileira não são por questões sanitárias, diz secretário

Inácio Kretz afirma que sistema de rastreabilidade do gado brasileiro seria a origem do problema

As restrições às compras de carne brasileira pela União Européia não se devem à questão sanitária, mas ao sistema de rastreabilidade do gado brasileiro, considerado insatisfatório aos padrões europeus. O esclarecimento foi dado pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kretz, ao comentar a decisão da Comissão Européia, anunciada na quarta, dia 19.

– O sistema deles é mais aperfeiçoado e mais consistente para identificar quais animais e de quais fazendas produzem a carne que vai à mesa do consumidor. E isso, para eles, é uma insatisfação, devido a não equivalência ao padrão europeu – explicou Kretz, em entrevista ao programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional.

O secretário disse que para os produtores europeus de carne o mercado a Comunidade Européia é muito importante, apesar do custo de produção ser elevado. Por isso, segundo ele, reclamam para que o Brasil tenha as mesmas condições na rastreabilidade do gado.

– O Brasil tem hoje um terço do custo da produção que os europeus têm. Então, é uma forma de pressionar comercialmente. Não se trata de falta de qualidade.

De acordo com Kretz, as autoridades sanitárias brasileiras, por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária, estão fazendo um trabalho nos estados habilitados para exportar para a União Européia.

Ele informou que as secretarias estaduais vão fazer uma auditagem nas propriedades inscritas no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov).

– Até o dia 31 de janeiro de 2008, nós teremos uma lista das propriedades que foram auditadas e inspecionadas pelos veterinários oficiais. Isso vai compor a lista dos estabelecimentos que cumprem integralmente as exigências da União Européia – informou.

Para o secretário de Defesa Agropecuária, essa restrição que a Comunidade Européia anunciou não vai causar impacto significativo nos demais mercados para o Brasil, pois é uma prática que só a União Européia exige, devido ao problema da doença da vaca louca.

Kretz disse que o mercado europeu é o mais importante para o Brasil. De acordo com ele, em 2007, a União Européia consumiu 16% das exportações brasileiras de carne bovina. Em valores, representou mais de 30% desse mercado.

AGÊNCIA BRASIL
 
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