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 | 10/12/2007 10h33min

Em 2007 safra de grãos deverá ficar em 133,2 milhões de toneladas

Para o próximo ano, IBGE e Conab estimam produção 3,1% maior

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgaram nesta segunda-feira, dia 10, a primeira pesquisa realizada em conjunto. O estudo foi desenvolvido em novembro, e é o segundo prognóstico das áreas plantadas ou a plantar, bem como da produção para a safra de 2008, nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nos Estados de Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia.

De acordo como o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola divulgado nesta segunda, dia 10, a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas em novembro deste ano deverá ser de 133,2 milhões de toneladas, número 0,1% menor do que a estimativa de outubro (133,3 milhões) e 13,8% superior à safra de 2006 (117,0 milhões de toneladas). 

Segundo o diretor de Logística da Conab, Sílvio Porto, comparando o número atual com o levantamento do mês passado, é verificada uma redução de 0,6%, (772,6 mil toneladas) na produção. Ainda assim, o quadro se mantém positivo, estimulado principalmente pela expansão da área de plantio e incentivado pelos preços remuneradores do mercado.

– Essa confirmação, entretanto, depende do comportamento do clima nos próximos meses – ponderou.

O levantamento constatou ainda que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2008 é estimada em 137,3 milhões de toneladas, 3,1% maior que a obtida em 2007. As informações da pesquisa do prognóstico representam 85,6% da produção nacional prevista, enquanto as projeções realizadas respondem por 14,4% do valor total.

A estimativa de novembro aponta para uma produção 13,8% maior que a de 2006 (117,0 milhões) e apenas 0,1% menor do que a do mês anterior. Comparativamente ao mês de outubro, três produtos se destacaram quanto às variações estimadas: trigo em grão (+1,1%), feijão em grão 3ª safra (-3,4%) e batata-inglesa 3ª safra (-11,0%). A variação negativa observada para batata-inglesa 3ª safra se deve a ajustes nos dados finais do Estado de Goiás, que, frente a outubro, apresentou quedas de 37,8% (área) e 1,4% (produtividade) em 2007, com, respectivamente, 3,2 mil hectares (ha) e 40,1 mil kg/ha.

Em Goiás, o feijão em grão 3ª safra também teve queda em novembro, sendo de 9,5% na produção obtida (141 mil toneladas) e de 2,8% no rendimento médio (2,6 mil kg/ha). A colheita já está concluída para ambos os produtos (batata e feijão). Condições climáticas desfavoráveis, aliadas ao risco de cultivo dessas lavouras foram os responsáveis pelas variações negativas. No caso do trigo, houve acréscimo, em conseqüência de ajustes no índice de produtividade do Rio Grande do Sul, de 2.020 kg/ha para 2.098 kg/ha. Em uma área plantada de 838 mil hectares, espera-se uma produção de 1,8 milhão de toneladas, 113,7% superior à colhida em 2006, quando a safra foi muito afetada por condições climáticas adversas. A colheita já se encontra em fase bem adiantada, com 90% da safra já colhida.

Dezesseis culturas apresentaram variação positiva frente a 2006

Dentre os 25 produtos analisados, 16 apresentaram variação positiva na estimativa de produção frente a 2006: algodão herbáceo em caroço (33,7%), amendoim em casca 2ª safra (18,2%), batata-inglesa 1ª safra (22,7%), batata-inglesa 2ª safra (5,7%), cacau em amêndoa (11,2%),cana-de-açúcar (12,9%), cebola (10,9%), cevada em grão (32,9%), feijão em grão 1ª safra (13,7%), laranja (1,2%), mandioca (2,2%), milho em grão 1ª safra (15,8%), milho em grão 2ª safra (35,7%), soja em grão (11,2%), trigo em grão (61,1%) e triticale (1,8%). Com variação negativa: amendoim em casca 1ª safra (10,2%), arroz em casca (3,7%), aveia em grão (36,1%), batata-inglesa 3ª safra (12,8%), café em grão (16,0%), feijão em grão 2ª safra (21,1%), feijão em grão 3ª safra (4,3%), mamona em baga (0,9%) e sorgo em grão (10,9%).

Com a colheita dos produtos da safra de verão encerrada nos grandes centros produtores de grãos, aguarda-se apenas a conclusão no Nordeste. Por força do calendário agrícola, esta região ainda apresenta algumas lavouras por colher. No momento, estão em processo de acompanhamento de campo apenas as culturas de 2ª e 3ª safras, bem como as de inverno, sobressaindo-se o trigo, principal produto da safra de inverno. Embora tenha enfrentado problemas de estiagem, ele apresenta produção de 3,9 milhões de toneladas, mostrando um significativo acréscimo de 61,1%, frente à obtida na safra anterior, seriamente prejudicada por adversidades climáticas, como estiagem, no início do ciclo da cultura, altas temperaturas no inverno e geadas em agosto e início de setembro.

Estoques de grãos (primeiro semestre de 2007)

Os resultados da Pesquisa de Estoques do primeiro semestre de 2007 indicam que a rede armazenadora de produtos agrícolas em operação no país apresentou queda de 1,7% no número de estabelecimentos ativos frente ao segundo semestre de 2006. No final do primeiro semestre de 2007 a rede contava com 9 mil estabelecimentos ativos, 42,1% no Sul; 24% no Sudeste; 22% no Centro-Oeste; 8,5% no Nordeste; e 3,4% na região Norte.

A capacidade útil das unidades armazenadoras dos tipos armazéns convencionais, estruturais e infláveis foi de 81,5 milhões de metros cúbicos, sendo que, deste total, pouco mais de 70% estavam concentrados no Sul e Sudeste. As unidades armazenadoras dos tipos armazéns graneleiros e granelizados totalizaram 49,7 milhões de toneladas de capacidade útil, sendo que a região Centro-Oeste deteve 49,6% desta capacidade de armazenamento e a Sul 34,7 %. Os silos para grãos apresentaram 40,6 milhões de toneladas de capacidade útil total, com 53,1% deste total no Sul,
seguido das regiões Centro-Oeste e Sudeste, com 27,2% e 14,8%, respectivamente.

Os maiores estoques registrados em 30 de junho de 2007 foram os de soja em grão (21,8 milhões de toneladas), de milho em grão (8,7 milhões), de arroz em casca (4,1 milhões), de trigo em grão (1,8 milhão) e os de café em grão (939,4 mil). Comparando-se com os estoques existentes em 30 de junho de 2006, os de café, milho e soja apresentaram crescimento de 20,0%, 6,5% e 1,2%, respectivamente. Já os estoques de arroz em casca e trigo caíram 5,0% e 10,9%.

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