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 | 07/12/2007 18h44min

Recurso para o custeio da safra 2007/2008 em MS supera previsões

Crédito liberado até agora é maior que o do segundo semestre do ano passado

Luiz Patroni  |  luiz.patroni@canalrural.com.br

Até o início de dezembro, o Banco do Brasil liberou cerca de R$ 406 milhões para o custeio da safra em Mato Grosso do Sul, com juros a 6,75% ao ano. O volume, que atendeu mais de 4,2 mil produtores, supera em R$ 6 milhões o montante disponibilizado durante todo o segundo semestre de 2006.

O plantio de soja em MS está praticamente concluído. A principal cultura da safra de verão no Estado ocupa quase 1,8 milhão de hectares. Para pagar as despesas com o cultivo desta área, muitos agricultores tiveram que financiar os gastos.

– A boa expectativa para o agronegócio é um dos motivos que contribui para a liberação de mais recursos para custear a safra – afirma Loreno Budke, gerente de agronegócio do Banco do Brasil, em MS.

Apesar deste aumento, os produtores afirmam que os recursos ainda não são suficientes. Segundo a Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), os créditos oficiais correspondem a apenas 20% do capital necessário para custear a safra no Estado. A outra parte é negociada com empresas privadas, em operações com juros mais altos, o que acaba comprometendo ainda mais a renda do produtor.

– O limite de crédito de custeio por produtor não é o ideal, e em virtude da situação do setor, o produtor não consegue acessar mais créditos – afirma Eduardo Riedel, vice-presidente da Famasul.

Riedel comenta que os agricultores do Estado devem aproximadamente R$ 600 milhões às empresas privadas, entre fornecedores de insumos e multinacionais. Mais da metade da dívida agrícola estimada na região. Ele explica que, com o acesso ao crédito limitado, a esperança era a prorrogação das dívidas através do Fundo de Recebíveis do Agronegócio (FRA). No entanto as operações estão travadas, frustrando a expectativa da classe produtora.

– O FRA surgiu como a grande medida para amenizar a situação financeira do produtor, mas a burocracia para o seu acesso o tornou pouco representativo. É uma decepção – lamenta Riedel.

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