Autoridades do setor de pecuária de corte se reuniram em Brasília nesta quinta, dia 22, para falar sobre a visita da missão européia ao Brasil, realizada neste mês. A reunião, que durou quatro horas, foi na sede da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Secretários e representantes de sete Estados avaliaram os resultados da passagem do grupo europeu que durante duas semanas percorreu o país. As primeiras mudanças vão ser adotadas em Estados como Minas Gerais, onde na próxima semana, começam a funcionar as Guias de Trânsito Animal eletrônicas (GTAs). A partir de agora, o documento que já é emitido em cinco Estados, passa a ser uma exigência do Ministério da Agricultura. Ele vai servir para unificar os dados das Guias de Trânsito Estaduais e do Sistema de Rastreamento Bovino (Sisbov).

A inspeção rigorosa dos técnicos da União Européia que visitaram o Brasil fez com que uma outra auditoria fosse sugerida por participantes da reunião. Desta vez, uma missão brasileira para verificar a eficiência dos sistemas de rastreabilidade dos europeus.

– Por que eles podem fazer aqui e nós não podemos fazer lá? Não é verdade? Já que eles exigem que os sistemas sejam compatíveis, então nós queremos conhecer a realidade na prática dos sistemas deles para nós aplicarmos aqui – disse Antenor Nogueira, presidente do Fórum Nacional de Pecuária de Corte.

O grupo discutiu outros temas, como o programa de erradicação da febre aftosa.

– Propusemos o problema da vacina, que tem que ser uma vacina limpa. O Brasil precisa ter uma vacina limpa. Propusemos o problema da Agência de Defesa Agropecuária, que o ministério está passando da hora de criar a sua agência. Propusemos também uma maior rigidez do programa do Sisbov, com penalidades, com punições – afirmou Nogueira.

Todas as sugestões vão ser enviadas ao Ministério da Agricultura.