Luiz Patroni  |  luiz.patroni@canalrural.com.br

Técnicos europeus, que avaliam as condições técnicas e sanitárias da produção de carne bovina, estão no Brasil para visitar os principais Estados produtores. Nesta segunda, dia 12, escolheram o Mato Grosso do Sul, que desde 2005 não exporta para a União Européia devido aos focos de febre aftosa, e agora vive um momento de otimismo depois de ser reconhecido pelo Ministério da Agricultura como área livre da doença com vacinação.

Uma indústria no município de Anastácio, a 145 km da capital Campo Grande, foi a primeira a ser visitada pelas duas equipes de técnicos europeus. Por exigência dos visitantes, a imprensa não pôde entrar no frigorífico.

A visita da Missão Européia a Mato Grosso do Sul está cercada de sigilo e mistério. A agenda oficial dos compromissos do grupo no Estado não foi confirmada. Segundo a Superintendência Federal de Agricultura, os técnicos europeus não deram nenhuma informação antecipada sobre as inspeções. Além do frigorífico, o grupo conheceu revendas de produtos veterinários e propriedades rurais com o rebanho rastreado, no município de Dourados. A previsão é de que a região de fronteira com o Paraguai também receba a visita da missão, que deve permanecer no Estado até a próxima quinta, dia 15.

– Esta é uma visita científica e visa mostrar aos europeus como funciona o pré e o pós abate no local – afirmou Orlando Baez, Superintendente Federal de Agricultura de MS.

Do frigorífico a missão seguiu para o escritório da Iagro. A reunião com veterinários do serviço de sanidade animal do estado e do Ministério da Agricultura foi a portas fechadas. Os técnicos da Missão Européia chegaram ao Brasil na semana passada para verificar se o país cumpriu as exigências para exportar carne à Europa. As autoridades sanitárias de Mato Grosso do Sul estão otimistas.

 – O Estado está confiante com o resultado dos serviços que realizou para erradicar a febre aftosa – disse Baez.

Antes do registro de focos de febre aftosa em outubro de 2005, Mato Grosso do Sul possuía 11 frigoríficos habilitados para exportar carne bovina para a União Européia.

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