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 | 12/11/2007 17h15min

Produtores de cana pedem revisão de relatório da ONU sobre biocombustíveis

Unica entregou carta à Organização das Nações Unidas

Luciane Kohlmann  |  luciane.kohlmann@canalrural.com.br

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) encaminhou nesta segunda, dia 12, uma carta ao secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon. A carta é a primeira ação conjunta das quatro principais entidades de biocombustíveis do mundo. Durante um encontro em Amsterdã, na semana passada, a Unica se reuniu às associações de biocombustíveis do Canadá, dos Estados Unidos e da Europa a fim de promover a produção do produto.
 
O presidente da União da Cana-de-Açúcar, Marcos Jank, apresentou à imprensa todo o conteúdo da carta. O documento mostra a preocupação das entidades com o relatório interino produzido pelo relator especial da ONU sobre direito ao alimento, Jean Ziegler, que condena a produção de biocombustíveis.
 
– A gente pede uma revisão completa desse relatório. Entendemos que coloca os biocombustíveis sob ataque total, pedindo uma verdadeira moratória no uso de biocombustíveis, que durante cinco anos os países parem de usar, e fala de crime contra a humanidade ao se fazer biocombustíveis – disse Jank.

Uma das principais acusações é a redução da produção de alimentos. As associações tentam demonstrar na carta que os biocombustíveis não vão aumentar a fome no mundo, e que esta realidade é resultado da baixa renda e do desemprego. A carta faz questão também de mostrar os benefícios ambientais da produção em meio a um período de aquecimento global. 

– É preciso entender que biocombustíveis beneficiam tanto países em desenvolvimento como os ricos, que existem novas tecnologias que permitem uma produção cada vez mais eficiente, que o problema recente é o aumento do preço do petróleo e não do preço dos alimentos – acrescentou o presidente da Unica.

O secretário-geral da ONU teve conhecimento da carta neste domingo, durante a visita a uma usina em Jaboticabal, interior de São Paulo, mas a entrega formal aconteceu nesta segunda, seguindo todos os protocolos exigidos. Agora o setor aguarda uma revisão do relatório, e está otimista depois de ver uma reação tão positiva de Ban Ki-moon frente à produção brasileira.

– Ao final ele fez um discursos para diversos jornalistas sobre o caso brasileiro como um caso muito positivo de produção eficiente e sustentável de bioetanol – comemorou Marcos Jank.

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