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 | 07/11/2007 18h19min

Ministro desaconselha transformação de veículos para uso de gás como combustível

Nelson Hubner garantiu que não faltará gás para os motoristas que já converteram

O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, desaconselhou nesta quarta, dia 7, quem pretende fazer a transformação de seu veículo para ser movido a gás, mas garantiu que não faltará gás para os motoristas que já fizeram a conversão. Ele negou que o governo federal tenha incentivado o uso do gás como combustível.

– Todo mundo que já fez essa transformação fez seu investimento. O que não dá é para a gente abandonar essas pessoas, que, de boa-fé, fizeram seu investimento. Elas vão continuar recebendo gás, porque as distribuidoras têm um contrato com a Petrobras – disse Hubner.

De acordo com o ministro, o governo federal não adotou política para estimular o uso de carros movidos a gás.

– Quando vocês falam em governo, vocês falam indistintamente. Você teve uma política muito clara do governo passado do Rio dando incentivo de IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor) para que transformasse seu carro. Não teve campanha do governo Lula incentivando, não. Com certeza não teve. Mostra algum fato objetivo de que o governo Lula fez um incentivo para colocar gás – argumentou.

No último dia 30, a Petrobras reduziu o fornecimento de gás para distribuidoras do Rio de Janeiro e de São Paulo. O Estado do Rio é responsável por 42% da frota nacional de veículos movidos a gás. A redução de até 65% nos custos para abastecer e o desconto de 75% no IPVA incentivaram os motoristas do Rio de Janeiro a fazer a conversão, que hoje representam 23% da frota do Estado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis.

Hubner explicou que as usinas hidrelétricas são a base da matriz energética brasileira e que o gás natural sempre foi visto como
complemento e lembrou que o Brasil depende da importação do produto.

– Sempre colocamos que a base da expansão da nossa energia era hídrica, mas o Brasil sempre vai precisar de uma complementação térmica. Estímulo, não, mas sempre vamos ter complementação térmica das fontes que são mais baratas e menos poluentes. As usinas a gás estão nesse contexto – complementou.

Para o ministro, a expansão do uso de gás natural no país deve caminhar junto com a realização de contratos para evitar futuras crises.

– Vamos fazer uma discussão com os Estados, com as empresas, no sentido de definir as prioridades. O que nós queremos é que o que for feito de expansão é que seja sempre feito amarrado em contratos, porque, se todo mundo está contratado bonitinho, não teremos crise nunca – disse.

Nelson Hubner participou da abertura do 5ª Encontro Nacional do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), no Palácio do Planalto. Na cerimônia, o presidente Lula afastou a possibilidade de uma crise de energia no país.

AGÊNCIA BRASIL
 
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