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 | 07/11/2007 05h58min

Motoristas do Rio sofrem com restrição de gás natural

Taxistas afirmam que volta à gasolina seria inviável

Responsável por 42% da frota nacional de carros movidos a gás natural, o Estado do Rio de Janeiro tem a maior proporção de veículos do tipo no país. A restrição no fornecimento determinada pela Petrobras no último dia 30, no entanto, reduziu a demanda pela conversão de motores para o combustível.

Dono de uma rede de oficinas que faz a conversão para o gás natural veicular (GNV), o empresário carioca Jasson Ferreira afirmou que a procura caiu pela metade nos últimos dias.

– Após a crise, nós tivemos a redução de 40% a 50% das conversões. E estamos aguardando mais uns dias para ver o reflexo real desse processo – declara.

Incentivados a aderir ao gás natural pela redução de até 65% nos custos para abastecer, além de receberem desconto de 75% no Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), os motoristas de carros movidos a gás respondem por 23% da frota do Estado do Rio, segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis. No Estado de São Paulo, a proporção é de 4%.

Após a restrição por um dia no fornecimento do combustível, retomado no Rio de Janeiro por ordem da Justiça, os motoristas temem o risco de desabastecimento. Um dos taxistas que não puderam trabalhar durante o racionamento Antônio Trajano tem receio de que problemas do passado se repitam.

– Temo que falte gás, como já faltou álcool na década de 90 – afirma.
Com 40 anos de experiência, Trajano diz que o incentivo ao uso de combustíveis alternativos pode resultar em dificuldades para os motoristas.

– O governo incentivou o carro álcool, em 1986 e depois começou a faltar o combustível. Começamos a colocar o gás e estamos vendo acontecer a mesma coisa – diz.

Muitos taxistas, no entanto, afirmam que voltar a rodar com gasolina seria inviável.

– Aqui na praça, se você não tiver gás, vai ter de aumentar a bandeirada, e aí os passageiros vão sumir porque ficaria muito caro. Nós precisamos de gás para trabalhar – ressalta Carlos Augusto de Oliveira, 59 anos.

AGÊNCIA BRASIL
 
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