| 31/10/2007 16h43min
Por nove votos a um, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o habeas corpus do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, ex-dono do banco Marka. O ministro Marco Aurélio foi o único a votar em favor de revogar a prisão preventiva. Cacciola, por meio de seu advogado, tentava derrubar a sentença de primeira e segunda instâncias que o condenaram a 13 anos de reclusão por gestão fraudulenta e peculato.
Ele argumentava que, por responder à ação em conjunto com Chico Lopes, indicado para presidir o Banco Central (BC), deveria ser julgado pelo STF. Uma medida provisória, transformada em lei no início do governo Lula, estabeleceu foro privilegiado para presidente e ex-presidentes do BC.
No entanto, informações do próprio Banco, repassadas ao STF pelo Ministério Público, indicaram que Lopes não chegou a exercer o cargo, apesar de ter sido sabatinado e aprovado pelo Senado. Por isso, concluíram os ministros, não haveria razão para o caso ser julgado pelo Supremo. Além disso, eles
julgaram que o pedido de
prisão preventiva, expedido em 1999, não deveria ser derrubado. Os ministros julgaram que a fuga de Cacciola do país para a Itália compromete a aplicação da sentença definida pela Justiça.
— A fuga põe em risco a aplicação da lei penal — afirmou o ministro Cezar Peluso.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.