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 | 25/10/2007 06h57min

Lula diz que não reduzirá impostos do país

Presidente fala que ainda há pendências na reforma tributária

Cerca de cem maiores empresários do país cobraram nessa quarta-feira, dia 24, do governo a redução da carga tributária.

Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu ao apelo e defendeu a manutenção dos tributos porque o país "precisa manter essa carga tributária para garantir a estrutura de programas sociais e de transferência de renda". Os empresários, durante reunião no Palácio do Planalto, reclamaram ainda do excesso de burocracia e da falta de infra-estrutura.

Na conversa, Lula não mencionou a prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011.

Diante da reivindicação do empresariado para que a reforma tributária seja encaminhada ao Congresso, Lula informou que a proposta está pronta, mas há pendências com os governadores que precisam ser resolvidas antes do envio ao parlamento.

Em seu pronunciamento, o presidente disse que há potencial para a economia crescer ainda mais. Citou como exemplos as indústrias automobilística, siderúrgica e de papel e celulose. Para Lula, o setor automobilístico não deve se contentar em produzir 2,7 milhões veículos por ano.

– Além do atendimento ao mercado interno, pode transformar o Brasil em uma grande plataforma de exportação de carros.

Outro exemplo foi a siderurgia, "que não pode ficar olhando a China crescer", levando em conta que o Brasil é o maior exportador de minério, disse.

– A Vale do Rio Doce vai ter de pensar, junto com as empresas brasileiras, se vamos apenas ser exportadores de minérios ou se vamos exportar valor agregado.

Lula avaliou ainda ser "incompreensível" que a indústria de papel e celulose não seja a mais importante do mundo, dadas as vantagens do país comparativas daqui como o clima, a dimensão territorial e a tecnologia.

Antes de concluir, Lula indicou que o governo pode interferir para tornar viáveis rotas aéreas para a África e a América Latina. Uma possível medida seria autorizar linhas em rotas consideradas pouco rentáveis, ainda que o governo precise garantir a compra de número de assentos.

– Vai ter crítica? Vai – afirmou Lula.

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