Pode sair nesta quarta-feira a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o habeas corpus do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, que tenta anular sua condenação em primeira instância e pede para aguardar em liberdade o julgamento do recurso contrário. A defesa dele alega que Cacciola poderá ser beneficiado pela lei que garante foro privilegiado a presidentes e ex-presidentes do Banco Central (BC).

No dia 15 de setembro, o ex-banqueiro foi preso no Principado de Mônaco por conta de um mandado de prisão preventiva da 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que decretou a prisão preventiva do ex-banqueiro em 2005. O habeas corpus deveria ser julgado na última quinta-feira, mas, alegando não ter tido tempo para preparar a defesa, o advogado do ex-banqueiro, Carlos Ely Eluf, solicitou mais tempo ao STF, que aceitou o pedido na semana passada.

Para o advogado, a 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro não teria competência para dar andamento ao processo e que ele teria direito a ser julgado no Supremo. Cacciola chegou a ser preso no Brasil, mas foi beneficiado por um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello e aproveitou para fugir. Ele viajou clandestinamente para a Itália, onde, por ter cidadania italiana, não pôde ser preso.

O temor do governo é de que, novamente solto, Cacciola volte para a Itália e fique impune. O ministro da Justiça, Tarso Genro, negocia com Mônaco a extradição de Cacciola para o Brasil. As informações são do site G1.