| 05/10/2007 11h17min
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir ainda hoje se concede ou não habeas corpus ao ex-banqueiro Salvatore Cacciola para que ele possa responder em liberdade ao processo de extradição, movido pelo governo brasileiro.
Condenado a 13 anos de prisão pela Justiça Federal do Rio de Janeiro por desvio de dinheiro público e gestão fraudulenta do seu banco, o Marka, Cacciola foi preso pela Interpol em Mônaco em 15 de setembro. A Justiça do principado analisa o pedido de extradição do ex-banqueiro, que ainda terá de ser submetida ao príncipe Albert II, chefe do Executivo do principado.
O habeas corpus, com pedido de liminar, foi apresentado anteontem no STF pela defesa de Cacciola. Por se tratar de réu preso, o pedido será julgado com prioridade. A decisão caberá ao ministro Menezes Direito, relator do caso.
O ex-banqueiro chegou a ser preso em julho de 2000, mas fugiu para Roma após ser beneficiado com alvará de soltura expedido pelo ministro Marco
Aurélio Mello. O Ministério da
Justiça teme que uma nova liminar permita que o ex-banqueiro fuja novamente para a Itália, que já negou a extradição por se tratar de um cidadão nacional. Cacciola tem dupla nacionalidade.
Na petição, a defesa alega que, durante sua estada na Itália, Cacciola teria ficado à disposição da Justiça brasileira, por intermédio de seu defensor. Alega que ele até informou o endereço, "onde por diversas vezes foi localizado, sendo ouvido em outros processos por carta rogatória". Por isso, segundo a defesa, não faria sentido a argumentação da Justiça do Rio, que decretou a prisão preventiva do ex-banqueiro sob o argumento de que ele estaria foragido.
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