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Renúncia de ministros trabalhistas abre crise em Israel

Primeiro-ministro Ariel Sharon perde apoio de 25 paralmentares

A renúncia dos ministros do Partido Trabalhista que compunham a coalizão do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, no poder colocou o governo israelense à beira do colapso. Antecipando o que poderia ser a queda do atual premier, o ministro da Defesa e líder dos trabalhistas, Benjamin Ben Eliezer, defendeu a convocação de novas eleições no país para março ou abril de 2003.

Com a saída do Partido Trabalhista, Sharon, que é do Partido Likud, perde o apoio de 25 deputados, ficando sem maioria parlamentar. Pela lei israelense, as renúncias só entrarão em vigor em 48 horas.

O fim da lua-de-mel entre os dois partidos ocorreu após mais de três horas de negociação na tarde desta quarta, dia 30. O motivo da divergência era o orçamento do Estado para 2003. Os trabalhistas rejeitam o investimento de US$ 147 milhões em assentamentos judaicos, defendido por Sharon.

Para tentar evitar o colapso da coalizão, mediadores propuseram equiparar os fundos orçamentários destinados a programas sociais com as verbas para a expansão dos assentamentos judaicos. Sharon, porém, não aceitou. Ao fim do dia, o parlamento aprovou o controverso orçamento por 67 votos a favor e 45 contra, com duas abstenções.

Sharon sempre foi um fervoroso defensor da construção de assentamentos, cuja comunidade soma cerca de 200 mil habitantes na Cisjordânia. Os assentamentos judaicos na Faixa de Gaza são menos povoados, mas continuam sendo um foco de conflito com os palestinos.

Mesmo enfrentando a pior crise política desde que assumiu o poder, Sharon fez de tudo para mostrar força. A primeira opção de Sharon, dizem analistas, será tentar formar um novo gabinete com partidos pequenos de extrema-direita e religiosos. Do contrário, deverá convocar novas eleições, provavelmente em 90 dias.

A reação palestina ao fim da coalizão foi contida. O negociador palestino Saeb Erekat apenas advertiu que "se houver uma nova coalizão entre o Likud e a ala direita em Israel, ela ocorrerá às custas do povo palestino e contra o processo de paz". A violência continuou na região. Nesta quarta, um palestino foi morto depois de abrir fogo contra um grupo de operários nos arredores de Kfar Zita, no norte da Cisjordânia.

 
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