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 | 25/10/2002 11h01min

Terroristas se negam a libertar estrangeiros em Moscou

Nesta sexta, número de reféns que deixaram a Casa de Cultura chega a 10

Depois de mais de 40 horas mantendo cerca de 700 pessoas reféns na Casa de Cultura de Moscou, os rebeldes chechenos afirmaram nesta sexta, 25 de outubro, que não vão liberar capturados que não sejam russos. A imprensa da capital russa informa que pelo menos 75 estrangeiros – entre americanos, britânicos, alemães e austríacos – estariam presos no teatro. Nesta quinta, os rebeldes teriam acenado com a possibilidade de liberar os estrangeiros. A embaixada brasileira em Moscou confirmou que não há brasileiros em poder dos seqüestradores.

Nesta sexta, já deixaram o teatro oito crianças entre 6 e 12 anos e duas mulheres, informou a agência de notícias russa IRA. As crianças foram levadas a um lugar seguro por membros do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e, de acordo com autoridades da organização, passam bem. Uma das mulheres, de acordo com o canal de televisão NTV, estava com uma grave crise de apendicite.

Um médico jordaniano, cujo ingresso no prédio foi permitido, afirmou que a situação dos reféns pode se tornar ainda mais dramática nas próximas horas com a crescente necessidade de medicamentos e com a escassez de alimentos. Rebeldes e reféns estariam se alimentando apenas de água e chocolate, disse o médico.

O líder dos guerrilheiros chechenos que ocupam a Casa de Cultura apareceu da rede de televisão NTV. Movsar Barayev usava uniforme militar de combate e toca de lã negra, e estava ao lado de dois homens mascarados. Todos os três exibiam armas AK-47, farta munição e granadas presas a seus cintos.

O corpo de uma mulher baleada e com os dedos quebrados já foi retirado do local. Os rebeldes ameaçam matar os reféns ou explodir o local se a Rússia não retirar suas tropas da Chechênia.

Tropas do Exército e da polícia russa cercam o local desde o início do seqüestro por volta das 22h locais (15h, no horário de Brasília) de quarta. Entre 40 e 50 homens e mulheres armados e mascarados protagonizam o que está sendo considerado o maior ataque de separatistas chechenos em Moscou.

A Rússia luta desde 1994 para acabar com uma revolta separatista na Chechênia, que mata diariamente soldados e civis. O ataque ao teatro é o mais audacioso desde 1996. 

Com informações da agência Reuters e da Globo News.

 
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