Os aeroportos brasileiros amanheceram em clima de ressaca neste sábado, depois de uma noite e um início de madrugada turbulentos que marcaram o ápice da crise aérea no Brasil. Após negociação em que saíram vitoriosos na queda-de-braço contra o governo, os controladores encerraram a greve e voltaram ao trabalho.

Mesmo assim, os reflexos do fechamento de todos os 49 aeroportos do país para decolagens ainda é sentido. Há atrasos e movimentação intensa de passageiros para remarcar as viagens canceladas na noite de ontem.

No aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, os quatro vôos que estavam previstos para partir até as 8h decolaram normalmente. Dos sete que deveriam chegar, apenas um pousou. Depois desse horário, no entanto, muitos vôos foram cancelados e estão sendo remarcados para o período da tarde. Alguns vôos de chegada também foram cancelados.

Em São Paulo, os aeroportos amanheceram lotados. O Aeroporto de Congonhas, o complexo aéreo mais movimentado do país, reabriu às 5h30min ainda em meio ao caos. Saguão, balcões das companhias aéreas, lanchonetes e salas de embarque permanecem lotadas nesta manhã. As filas saem do prédio e já chegaram à calçada. Centenas de passageiros dormiram no aeroporto paulistano, na esperança de conseguir um lugar nos vôos da manhã deste sábado. As filas para remarcação de passagens chega ao lado de fora do aeroporto.

No Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, cerca de 500 pessoas dormiram nos saguões aguardando embarque nos vôos. O Aeroporto Santos Dumont cancelou todos os vôos por volta da meia-noite. As viagens, principalmente ponte aérea, foram remarcadas para a manhã deste sábado.