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Israel classifica cerco a Arafat como preventivo

Israel defendeu na quinta-feira, dia 26, o cerco a Yasser Arafat, que já dura uma semana, dizendo que com essa medida está evitando uma escalada de violência palestina, que estaria planejada com vistas a um possível ataque norte-americano ao Iraque.

– Já vimos tentativas palestinas de aumentar o terrorismo nas últimas duas semanas, assumindo que Israel não responderá por temor de aborrecer os Estados Unidos – disse uma fonte no gabinete do primeiro-ministro Ariel Sharon. – É por isso que ordenamos novas operações militares nos territórios, especialmente em Muqata –disse a fonte, referindo-se ao quartel-general de Yasser Arafat em Ramallah, na Cisjordânia.

Numa atitude rara, os Estados Unidos criticaram duramente o cerco a Arafat, temendo que isso inflame ainda mais os ânimos no Oriente Médio e prejudique a operação diplomática em busca de apoio árabe contra o Iraque. Em entrevista ao jornal Jerusalem Post, Sharon disse que quer combater a idéia de que Israel não pode responder à violência palestina para não desagradar aos EUA. A Autoridade Palestina não comentou essas declarações.

Os tanques de Israel já destruíram vários prédios do complexo presidencial de Ramallah. Lá dentro estão 200 pessoas, das quais 50 são procuradas pelas autoridades israelenses. Arafat se recusa a entregar esse grupo.

Na quinta-feira, houve novos incidentes de violência nos territórios palestinos. Testemunhas disseram que uma recém-nascida morreu depois de inalar gás lacrimogêneo em Hebron, onde soldados tentavam impor um toque de recolher. O Exército disse que estava verificando a informação. Os militares mataram um atirador palestino que, segundo eles, tentava invadir um assentamento no norte da Faixa de Gaza. Em Jenin, um palestino de 51 anos foi baleado na janela de sua casa em morreu, segundo o Crescente Vermelho. O Exército disse que foi atacado na cidade, mas conseguiu prender nove suspeitos.

Funcionários palestinos e militares israelenses têm uma reunião marcada para tentar romper o impasse, mas o negociador palestino, Saeb Erekat, já anunciou que não vai comparecer se não houver a presença dos mediadores internacionais: Estados Unidos, Rússia, União Européia e Organização das Nações Unidas (ONU). As informações são da agência Reuters.

 
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