O ministro das Relações Exteriores de Israel, Shimon Peres, disse na terça-feira, dia 24, que a guerrilha libanesa Hizbollah pode ter matado três soldados israelenses que estavam detidos. Não houve progressos nas tentativas de libertá-los "e o Hizbollah matou três prisioneiros israelenses sem anunciar'', disse Peres ao jornal kuweitiano al-Rai al-Aam.

O grupo pró-Irã capturou os três na disputada região das Fazendas de Shebaa, no sul do Líbano, em outubro de 2000. Fontes israelenses disseram anteriormente que os soldados poderiam estar mortos e que Israel iria procurar por seus corpos. Peres também afirmou na entrevista que a disputa por água com o Líbano sobre o rio Wazzani "não merece iniciar uma guerra... esperamos alcançar uma solução pacífica para essa crise.''

O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, avisou que Israel tem uma "importante opinião'' sobre os planos do Líbano de bombear diariamente 5 mil metros cúbicos de água potável para cinco ou seis vilarejos libaneses. O Líbano rejeitou as críticas e disse que tem amparo da lei internacional para tirar água do rio Wazzani, que deságua no rio Jordão e no Mar da Galiléia, a maior reserva de água doce de Israel.

Na última crise com os palestinos, Peres disse que se opunha à expulsão do líder palestino Yasser Arafat das áreas palestinas. Na semana passada, as forças israelenses cercaram Arafat em seu quartel-general na Cisjordânia e demoliram a maioria de seus prédios depois de dois ataques suicidas palestinos.

– A solução com os palestinos e os árabes é política e não militar, mas, como buscamos por uma solução, temos, no entanto, que nos defender – acrescentou Peres, visto por alguns árabes como mais moderado que Sharon.

As informações são da agência Reuters.