Os países árabes pediram nesta segunda-feira, 23 de setembro, à Organização das Nações Unidas (ONU) e à comunidade internacional que "intervenham imediatamente" para levantar o cerco imposto ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat. O pedido foi feito em um comunicado divulgado após uma reunião extraordinária do grupo, no Cairo (Egito), para discutir a situação.

No comunicado, a Liga Árabe descreve o cerco como “agressão selvagem israelense contra o povo palestino” e pede que seja assegurada a proteção do povo palestino. No entanto, o comunicado recua em relação ao projeto de resolução anterior em que os membros da Liga Árabe pediam o envio de "forças internacionais" para os territórios palestinos.

Nesta segunda, Arafat rejeitou  as exigências israelenses para que seja apresentada uma lista de pessoas que estão cercadas com ele dentro do quartel-general em Ramalah, na Cisjordânia. O líder palestino é mantido isolado sem água, luz e telefone por Israel, o qual cobra que 20 militantes palestinos, que estariam abrigados no QG, sejam entregues.

Arafat pediu para conversar sobre assuntos políticos e militares com Israel. O líder solicitou ainda que as conversações tivessem a presença de representantes dos Estados Unidos. O palestino afastou a possibilidade de rendição, negando, também, entregar os 20 palestinos suspeitos de atos terroristas.

Israel afirma que tem como objetivo isolar Yasser Arafat, e não matá-lo.

As informações são das agências Brasil e Reuters.