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 | 20/09/2002 22h36min

Israel ataca QG de Arafat e destrói 20 prédios do complexo

Dezenove militantes palestinos se renderam a soldados israelenses

Militares israelenses dispararam artilharia de tanques contra os escritórios do líder palestino Yasser Arafat, enquanto escavadeiras demoliram outros prédios do quartel-general, apertando o cerco contra o complexo da Autoridade Palestina em Ramallah (Cisjordânia) nesta sexta-feira, 20 de setembro. Cerca de 20 prédios do complexo foram destruídos, segundo autoridades israelenses, mas Arafat não se feriu.

A ofensiva é uma resposta ao ataque suicida na quinta-feira contra um ônibus no centro de Tel-Aviv que deixou sete mortos, incluindo o homem-bomba, e 60 feridos.

Um fotógrafo palestino está no prédio junto com Arafat, o único ainda intacto depois que o conjunto de prédios foi cercado. Uma artilharia de tanque atingiu o segundo andar, forçando as pessoas a se refugiarem no andar de baixo. O fotógrafo disse por telefone que poeira caiu sobre Arafat, que estava sentado no chão, mas ele não se machucou. O líder palestino havia deixado o segundo andar mais cedo, disse o fotógrafo.

O cerco a Arafat provocou indignação internacional e aumenta os receios de uma nova escalada da violência na região enquanto o governo dos Estados Unidos planeja um ataque militar ao Iraque.

Oficiais das Forças de Defesa de Israel afirmam que o objetivo da operação não é atingir Arafat, a quem eles culpam pelos ataques a israelenses, mas aumentar o isolamento do líder palestino e forçar a entrega de militantes que estariam no complexo.

Autoridades palestinas temem pela segurança de Arafat, enquanto escavadeiras do Exército israelense derrubaram uma passarela que liga dois prédios do quartel-general, demoliram a principal escada de acesso e destruíram outras estruturas do complexo.

A rede de televisão CNN exibiu imagens de 19 palestinos que se renderam a soldados israelenses nesta sexta. Eles saíram do prédio com as mão para cima, e foram algemados e vendados. Mas ainda não foi confirmado se eles estão na lista de procurados pelo governo israelense.

O Exército israelense também reforçou o toque de recolher em seis das oito cidades administradas pela Autoridade Palestina na Cisjordânia. Tropas e tanques apoiados por helicópteros lançaram uma ofensiva no norte da Faixa de Gaza na sexta-feira, matando dois palestinos, segundo fontes médicas.

Testemunhas afirmam ainda que outros dois palestinos morreram e 15 ficaram feridos em uma troca de tiros com soldados israelenses perto da fronteira de Gaza com o Egito. Segundo o Exército de Israel, dois soldados ficaram feridos nas operações.

Hussein Hussein, Handout  / Reuters

Líder palestino Yasser Arafat continua entrincheirado em seu QG, em Ramallah
Foto:  Hussein Hussein, Handout  /  Reuters


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