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Preço do petróleo dispara com ofensiva aliada contra o Iraque

A ofensiva de caças norte-americanos e da Grã-Bretanha ao Iraque nesta quinta-feira, 5 de setembro, fez com que o preço do barril de petróleo disparasse nesta sexta. A ofensiva a alvos militares da defesa aérea iraquiana no oeste do país ampliaram as perspectivas de uma breve intervenção militar aliada para derrubar o ditador iraquiano Saddam Hussein. Informações davam conta de que cem aviões haviam participado, número não admitido pelo Pentágono, que confirmou a operação, mas não a quantidade de aviões.

Em Nova York, o barril de petróleo bruto para entrega em outubro, o prazo mais curto em negociação, encerrou cotado a US$ 29,61, com alta de US$ 0,63, ou 2,2%. Durante o pregão, o barril chegou a ser negociado acima do patamar dos US$ 30. Em Londres, o contrato para outubro do petróleo tipo brent – referência da praça – terminou cotado a US$ 28,27, com alta de US$  0,61.

O ataque teve "porporções normais" e foi uma ação na "zona de exclusão" do Iraque, localizada a 385 quilômetros de Bagdá, explicou o Pentágono, sem dar maiores detalhes. As zonas de exclusão aérea no sul e no norte do Iraque são  patrulhadas por aviões ocidentais desde a Guerra do Golfo (1991). De acordo com o jornal londrino Daily Telegraph, 12 aviões de guerra britânicos e americanos lançaram bombas de precisão contra o Iraque e cem aeronaves fizeram parte da missão.

Os três líderes com quem o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, conversou por telefone – Jacques Chirac (França), Vladimir Putin (Rússia) e Jiang Zemin (China) – fizeram objeções a uma possível ação militar contra o Iraque, alegando que ela poderia provocar instabilidade em toda a região. O coro dos países que rejeitam uma ação militar para depor Saddam foi engrossado nesta sexta pelo Canadá. Os três países, com os EUA e o Reino Unido, são membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com poder de veto sobre suas resoluções. O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, apóia uma eventual ação militar dos EUA. Ele deve se encontrar neste domingo com Bush, nos EUA. Bush deve expor seus argumentos contra o Iraque à ONU na próxima quinta-feira. Ele deseja uma aprovação da organização para uma eventual ação militar americana.

Internamente, Bush espera conseguir do Congresso uma aprovação rápida para o eventual uso da força contra o Iraque, mas líderes no Congresso disseram nesta sexta que Bush deve apresentar mais provas contra o Iraque para que eles possam discutir o assunto. As suspeitas de Bush com relação aos arsenais iraquianos ganharam reforço nesta sexta com a revelação de especialistas da ONU que estudam fotos de satélite do Iraque. Eles teriam identificado construções novas em locais onde antes o país desenvolvia armas nucleares. Mark Gwozdecky, da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), alertou que é impossível tirar conclusões a respeito até que os inspetores de armas possam voltar ao terreno.

 
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