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 | 01/09/2002 20h50min

Lavagna mostra esperança de rápido acordo com o FMI

Ministro da Economia acusou políticos de não cumprirem promessas

O ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, disse neste domingo, 1º de setembro, ter esperanças de que um amplo acordo de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) pudesse ser assinado em breve, apesar de uma recente paralisação nas negociações.

Um dia após o presidente Eduardo Duhalde dizer que um acordo a longo-prazo com o Fundo poderia ter que esperar até que seu sucessor assumisse o posto em maio, Lavagna admitiu que promessas quebradas paralisaram as negociações para obter a ajuda necessária para estabilizar uma caótica recessão de quatro anos.

– (Um acordo) seria bom para nós e poderia acontecer. Seria bom fechar um acordo de vez, e não em pequenas partes – disse Lavagna.

Apesar de meses de negociações, um porta-voz do FMI disse na semana passada que "questões maiores'' permaneciam pendentes antes que novos empréstimos pudessem ser concedidos. O FMI vem pressionando continuadamente a Argentina para estabelecer uma política monetária clara, reconstruir os bancos quebrados e cortar gastos.

Seguindo a traumática desvalorização monetária de janeiro e a falta de pagamento da maior parte de seu débito público de US$ 104 bilhões, a Argentina quer empréstimos para ajudar a pagar cerca de US$ 14,5 bilhões que deve ao FMI – e que precisa pagar até o fim deste ano. Uma falta de pagamento iria cortar sua última fonte de financiamento. Na sexta-feira, o governo pediu formalmente ao Fundo adiamento por um ano do vencimento de uma dívida de US$ 2,7 bilhões previsto para 9 de setembro.

Lavagna disse que a Argentina iria continuar a pressionar por um acordo com o FMI, na esperança de que isso pudesse desbloquear créditos futuros do Banco Mundial ou do Banco Interamericano de Desenvolvimento, mas que promessas não cumpridas de políticos torpedearam as negociações.

– Nós estávamos cumprindo os objetivos (estabelecidos pelo FMI) um a um, disse Lavagna. mas eles (os políticos) não os cumpriam no dia seguinte.

O ministro citou como exemplo um acordo para cortar gastos na província de Buenos Aires, a maior e mais endividada do país, que foi assinado pelo governador da capital argentina, mas que ainda não foi aprovado por seus legisladores. As informações são da Agência Reuters.

 
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