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 | 30/08/2002 10h14min

Ministro palestino pede o fim de atentados suicidas

O ministro palestino do Interior, Abdel Razzak Al Yahya, disse numa entrevista publicada na sexta-feira, dia 30, que os militantes devem parar com os atentados suicidas contra Israel, sob pena de serem "isolados'' pela sociedade palestina.

– Parem com os atentados suicidas, parem com os assassinatos sem razão – disse Al Yahya em entrevista ao jornal israelense Yedioth Ahronoth, concedida antes de soldados israelenses matarem quatro palestinos da mesma família, em Gaza, na quinta-feira, dia 29.

O Hamas prometeu retaliações, e o ministro da Defesa de Israel, Binyamin Ben-Eliezer, prometeu uma investigação e lamentou o incidente, que dificulta ainda mais a implantação de um acordo firmado há duas semanas para criar as bases de uma ampla trégua. Na entrevista, Al Yahya, cuja nomeação em junho foi parte das reformas exigidas pelos Estados Unidos na Autoridade Palestina, pediu aos militantes que "voltem à luta legítima contra a ocupação, sem violência.''

– Os atentados suicidas são contrários à tradição palestina, contra a lei internacional e prejudicam o povo palestino. Não é necessário responder ou vingar cada ato. Ambos os lados devem agir com moderação – afirmou.

Ele admitiu que a polícia palestina sob seu comando está tendo dificuldades para conter os atentados, mas alertou que ''se os ataques suicidas continuarem, essas facções (que os cometem) vão se encontrar isoladas na sociedade palestina.'' As recentes pesquisas de opinião, porém, mostram o contrário: a maioria dos palestinos aprova os atentados como forma de combater Israel.

O presidente palestino, Yasser Arafat, chamou as mortes em Gaza de "crime deliberado''. Uma mulher de 55 anos, seus dois filhos e um sobrinho, com idades entre 17 e 23, tiveram os corpos totalmente desfigurados pelos disparos de canhão, que lançaram milhares de dardos pontiagudos ao redor. Segundo os militares, os soldados que vigiavam o assentamento judaico de Netzarim dispararam ao ver "figuras suspeitas'' rastejando em direção ao assentamento.

Em outra frente, Israel alertou a Síria e o Líbano de que vai reagir aos ataques do grupo Hizbollah, que na noite de quinta-feira atacou guarnições israelenses na fronteira, ferindo três soldados. A aviação israelense respondeu com um bombardeio. As informações são da agência Reuters.

 
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