Soldados americanos no Afeganistão prenderam nesta segunda-feira, 26 de agosto, 11 talibãs membros da rede terrorista Al-Qaeda, de Osama bin Laden, em uma operação no leste do país asiático. Na operação, considerada a mais importante já realizada desde março passado, as tropas americanas executaram mandados de prisão contra vários suspeitos, incluindo duas pessoas que portavam passaporte ocidental.

Apesar do sucesso da missão, deflagrada em 18 de agosto, as tropas americanas não conseguiram deter um dos principais financiadores da Al-Qaeda, alvo prioritário da operação, revelou a rede de televisão americana CNN. Um dos 11 detidos seria uma pessoa de pele clara e língua inglesa, segundo a emissora.

No domingo, o chefe do comando central do exército dos EUA, Tommy Franks, que conduz as operações americanas no Afeganistão, disse que se Bin Laden está vivo sua neutralização é só "questão de tempo".

– Não vimos nenhuma prova convincente de sua morte. Agora, você acha que eu ia dizer onde acho que ele está? Não, porque não quero alertar ninguém. Na verdade, não sei se ele está mesmo vivo ou morto. Mas se ele está vivo, sua captura ou morte é questão de tempo – disse Franks.

A nova promessa de captura de Bin Laden pelos EUA foi feita após um site de notícias islâmico divulgar a cópia de uma carta atribuída ao terrorista, na qual ele convoca o povo afegão a continuar a Jihad (guerra santa) contra as forças dos EUA e prevê a queda do Estado americano. A cópia da carta, de quatro páginas manuscritas e sem data, teria sido obtida por um correspondente do site IslamOnline no Paquistão de uma fonte que pediu anonimato.

De acordo com essa fonte, a carta teria sido escrita há poucas semanas, fato que, se comprovado, prova a hipótese de o terrorista estar vivo.