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 | 22/08/2002 21h14min

Governo admite redução no crescimento do PIB neste ano

Fraga e Malan vão destacar resultado da balança comercial em Nova York

A turbulência nos mercados nos últimos meses vai restringir o crescimento da economia este ano. O governo, que projetava aumento de 2% no Produto Interno Bruto (PIB) este ano, já admite algo próximo de 1,5%.

– Tudo depende da profundidade e da duração da crise – disse nesta quinta, 22 de agosto, o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Roberto Iglesias.

A retração da economia da Argentina e a redução dos preços dos produtos no mercado internacional foram os responsáveis pelo comportamento decrescente das exportações de janeiro a julho deste ano. Boletim divulgado nesta quinta pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostra que a diminuição das exportações para a Argentina representou 81,8% da redução total das vendas externas este ano. No período, a balança teve superávit de US$ 3,806 bilhões, mas as exportações caíram 7,7% em relação a 2001. O saldo comercial foi sustentado pela queda de 18,9% das importações.

Os saldos comerciais do Brasil em períodos de 12 meses vêm descrevendo uma curva ascendente a partir de julho de 2001. Segundo o boletim, houve um período de redução de déficits, de julho de 2001 a setembro de 2001, seguido por superávits crescentes, a partir de outubro de 2001. No acumulado de 12 meses até julho, o superávit era de US$ 6,418 bilhões. Até a terceira semana de agosto, a balança já apresentava superávit de US$ 831 milhões no mês e de US$ 4,634 bilhões no ano. 

Os números da balança comercial serão um dos argumentos que o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, usarão na reunião com representantes de instituições financeiras na segunda-feira, em Nova York. O objetivo é combater o que Malan tem chamado de "medo contagioso" e o presidente Fernando Henrique classifica de "dissonância cognitiva dos mercados". Isto é, a dificuldade que os analistas teriam de avaliar os dados da economia brasileira e projetar, com frieza e isenção, suas tendências. Eles pretendem provar que, ao contrário da avaliação geral, esse é um bom momento para fazer negócios com o Brasil. Malan e Fraga também procurarão mostrar que a dívida interna está sob controle e que a dívida externa do setor público é pequena.

 
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