A dívida mobiliária (em títulos) pública federal cresceu em julho R$ 20,65 bilhões ou 3,16%, em relação a junho, atingindo R$ 674,40 bilhões. No ano, essa dívida já aumentou R$ 50,32 bilhões. Mais uma vez, o nervosismo no mercado financeiro contribuiu para elevar o saldo, encurtar vencimentos e aumentar a parcela da dívida sujeita à variação do câmbio.

Segundo o chefe do Departamento de Operações do Mercado Aberto do Banco Central, Sérgio Goldstein, neste mês o desempenho da dívida vai melhorar. Desde o dia 1º até terça-feira passada, a parcela da dívida em dólar caiu R$ 28,3 bilhões, afirmou ele. Medidas do Tesouro e do Banco Central (BC) impediram piora maior no perfil da dívida pública. Foram resgatados R$ 18,6 bilhões em títulos, o que não impediu o crescimento do saldo, devido à alta de 20,54% do dólar.

Além disso, foram resgatados R$ 35,4 bilhões em títulos corrigidos pela variação cambial, reduzindo sua participação no total da dívida de 29,87% para 28,49%. Mas no período o Banco Central celebrou contratos de swap que protegem os detentores de papéis corrigidos pela taxa Selic contra perdas com a desvalorização.