A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu a Israel que retire suas tropas das cidades da Cisjordânia e encerre a "difícil situação humanitária'' que os palestinos enfrentam. Em entrevista à Rádio do Exército, o chanceler israelense, Shimon Peres, defendeu a melhora das condições de vida dos palestinos, por entender que ''sem os palestinos será muito difícil combater o terror''.

A artilharia dos helicópteros israelenses matou dois militantes palestinos que tentavam voltar a uma gruta da Cisjordânia em que se escondiam. Um deles, Ali Adjuri, era acusado de planejar o atentado que matou cinco pessoas, das quais quatro imigrantes, em 17 de julho, num bairro popular de Tel Aviv. Os corpos dos dois militantes só foram encontrados na manhã de terça-feira, dia 6. Ambos pertenciam às Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, grupo armado ligado à facção Fatah, do líder Yasser Arafat.

Horas antes do incidente, as autoridades israelenses e palestinas se reuniram pela primeira vez em vários meses para discutir questões de segurança. O ministro israelense da Defesa, Binyamin Ben-Eliezer, se encontrou com o ministro palestino do Interior, Abdel Razzak Al Yahya, com o chefe de Inteligência, Amin Al Hindi, e com o assessor presidencial Mohammed Dahlan. Ben-Eliezer ofereceu o fim de algumas restrições à população civil na Faixa de Gaza, desde que a polícia palestina consiga reduzir a atividade dos militantes.

Os palestinos disseram que a proposta é "um jogo de relações públicas'', o que indica que não houve grandes avanços no encontro de segunda à noite, dia 5. Após um fim de semana sangrento, a violência continuou na segunda-feira. Um helicóptero lançou um míssil contra uma suposta fábrica de armas na Faixa de Gaza, incendiando o prédio e ferindo duas pessoas. Israel também respondeu aos últimos atentados proibindo a circulação de palestinos em quase toda a Cisjordânia e bloqueando o acesso a Rafah (sul da Faixa de Gaza) com tanques. As informações são da agência Reuters.