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 | 30/07/2002 13h50min

Iraque rejeita inspetores de armas da ONU

Governo afirma que representantes das Nações Unidas seriam espiões dos EUA

O Iraque acusou os Estados Unidos de estarem exigindo o retorno dos inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) para atualizar as informações que dispõem sobre o país, a fim de preparar uma possível operação contra o presidente Saddam Hussein. O ministro das Relações Exteriores, Naji Sabri, disse que a intenção de Washington seria derrubar o governo iraquiano e instalar "um regime fantoche" para controlar suas reservas de petróleo, que estão entre as maiores do mundo.

Os inspetores foram retirados do Iraque em dezembro de 1998. Logo depois, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha realizaram uma campanha de bombardeio aéreo, acusando Bagdad de não estar cooperando com a missão da ONU. À época, o Iraque afirmou que havia espiões nas equipes de inspetores, e hoje diz que o mesmo ocorreria se autorizasse seu retorno.

O presidente George W. Bush declarou recentemente que seu governo usaria todos os instrumentos à sua disposição para derrubar Saddam. Em janeiro, Bush acusou o Iraque de fazer parte de um "eixo do mal" – juntamente com a Coréia do Norte e o Irã – "por apoiar atividades terroristas e desenvolver armas de destruição em massa".  O jornal The New York Times publicou nesta segunda-feira, dia 29, feira que Washington estaria planejando atacar Bagdad, e um ou dois centros de comando e depósitos de armas para provocar um rápido colapso do governo de Saddam.

O secretário de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, disse, em entrevista coletiva, que muitas instalações de armas químicas, biológicas e nucleares do Iraque estavam em "subsolos profundos" e que seria difícil destruí-las usando apenas bombardeios aéreos.

Sabri assegurou que os iraquianos lutariam contra uma ação militar norte-americana. Reiterou que qualquer negociação com as Nações Unidas sobre o retorno dos inspetores se concentraria na suspensão dos 12 anos de sanções e das zonas de exclusão aérea no norte e no sul do país, patrulhadas por forças anglo-norte-americanas, e impostas após a Guerra do Golfo, em 1991. Sabri e o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, realizaram três rodadas de negociações sem chegar a um acordo sobre o assunto.

As informações são da Agência Brasil.

 
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