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Israel planeja reduzir restrições aos palestinos

Grupo armado do Hamas promete vingar ataque contra palestino

Às voltas com um debate interno e com críticas internacionais, um dia depois de ter matado um dirigente do grupo Hamas, Salah Shehade, em um bombardeio que vitimou outras 14 pessoas, em Gaza, o governo de Israel anunciou que analisa a possibilidade de reduzir as restrições à população palestina na Cisjordânia e em Gaza. O ministro das Relações Exteriores, Shimon Peres, disse que não apóia os resultados do ataque, que causou a morte de nove crianças, mas ressaltou que Shehade era responsável pela morte de mais de 200 civis israelenses, em ataques terroristas.

Peres disse, em relação ao ataque, que "um erro é um erro, e eu não posso explicar erros". O ministro garantiu ainda que Shehade, dirigente das Brigadas de Izzedine al-Qassam – o braço armado do Hamas – planejava mais mortes.

As circunstâncias do bombardeio – em que um caça F-16 da Força Aérea de Israel lançou um míssil contra a casa de Shehade, na Cidade de Gaza, atingindo também outros dois prédios – estão sendo investigadas pelas Forças de Defesa de Israel e o Shin Bet – a agência responsável pelos serviços de segurança. Importantes autoridades militares, citadas pelo jornal Haaretz, disseram que o primeiro-ministro Ariel Sharon e o ministro da Defesa, Benjamin Ben-Eliezer, teriam suspendido o bombardeio se soubessem que inocentes estavam no local. O presidente da comissão de Assuntos Externos e de Defesa do Knesset (parlamento), Haim Ramon, declarou que "o erro foi Israel usar um tipo de arma que poderia atingir pessoas inocentes vivendo na área".

O governo israelense pretende reduzir as restrições aos palestinos, com medidas incluindo a liberação de US$ 45 milhões em imposto sobre a renda de palestinos e um aumento no número de palestinos que terão permissão para voltar a trabalhar em cidades israelenses. As medidas já estavam em discussão antes do ataque da noite de terça-feira a Gaza.

Peres disse também que Israel está analisando a possibilidade de retirar suas forças das cidades de Hebron e Belém, na Cisjordânia, mediante garantias da Autoridade Palestina, de Yasser Arafat, de que poderá impedir atividades de militantes radicais nos dois locais. Ramallah, onde fica o gabinete de Arafat, também poderia ser incluída se os palestinos apresentarem um plano de segurança aceitável, disse ainda o chanceler israelense.

As Brigadas Ezzedin Al Qassam lançaram um comunicado pedindo vingança pela morte do líder Shehadé. No informe, pede um “mar de sangue” contra israelenses nos territórios ocupados e em Israel. Também assumem a autoria dos disparos de mísseis Qassam, de fabricação artesanal, contra alvos israelenses na Faixa de Gaza na madrugada desta quarta-feira, 24 de julho. Dois colonos israelenses foram levemente feridos.

As informações são da Agência Brasil.

 
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