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Duhalde espera concluir acordo com FMI até 14 de julho

Correntistas já podem optar pela troca de seus depósitos confiscados por bônus emitidos pelo Estado

O presidente Eduardo Duhalde afirmou nesta segunda-feira, 17 de junho, que espera fechar um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) até 14 de julho. Mas, por enquanto, não há sinais claros de que as negociações poderiam transcorrer a passo acelerado nas próximas semanas.

O FMI chegou na semana passada em Buenos Aires com mais exigências, além de insistir no cumprimento das promessas feitas pelo governo Duhalde, mas ainda não-cumpridas.

Um dia após esta data, o governo argentino deverá pagar uma parcela de cerca de US$ 700 milhões de sua dívida com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Em 17 julho, o governo enfrentará o vencimento de outra parcela de US$ 1 bilhão com o FMI.

O ministro da Fazenda, Roberto Lavagna, já teria decidido que não vai queimar os recursos que restam ao país e optou por pressionar o Fundo para evitar o isolamento absoluto da Argentina. Em dezembro, o governo argentino decretou o default (não-pagamento) da dívida externa pública, mas preservou os organismos financeiros desta suspensão de pagamentos. Mas, de dezembro para cá, a Argentina ainda não conseguiu um acordo com o Fundo que permitiria que a dívida deste ano e do 2003 fosse rolada para depois do ano 2004.

Por este motivo, nos últimos meses, para pagar os organismos financeiros internacionais, a Argentina teve de recorrer às exauridas reservas do Banco Central, que estão sendo drenadas diariamente por causa das intervenções que o governo precisa fazer no mercado cambial para deter a escalada do dólar.

A partir desta terça-feira, 18 de junho, os correntistas argentinos poderão optar pela troca de seus depósitos confiscados por bônus emitidos pelo Estado. Os papéis poderão ser vendidos no mercado secundário e usados para comprar automóveis, imóveis em construção, para pagar impostos e dívidas bancárias. O governo autorizou os bancos a modificar o cronograma de devolução dos depósitos (o oficial finaliza em 2005), apesar dos problemas de liquidez que enfrentam todas as instituições. Segundo dados de consultorias privadas, atualmente os bancos têm apenas 25% do total dos depósitos em contas correntes e poupanças.

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