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Bush apóia criação de estado palestino temporário

A criação de um Estado "temporário" para os palestinos, que representaria uma etapa de transição até a criação do Estado definitivo, conta com o apoio do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. A afirmação é do secretário de Estado americano, Colin Powell, em entrevista publicada nesat quarta-feira, 12 de junho, no jornal árabe Al Hayat, editado em Londres.

Na opinião do secretário, um Estado temporário necessitará de "poder democrático, transparência sem corrupção e órgãos de segurança que funcionem". Powell anunciou que presidirá este ano a reunião ou conferência internacional sobre o Oriente Médio, cujo local e data serão anunciados depois que Bush manifestar sua opinião sobre a situação na região. Adiantou ainda que os EUA vão continuar trabalhando com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, e que planejam organizar nos próximos meses uma conferência de paz para o Oriente Médio.

Para Bush, a ANP está distante de conseguir concretizar as reformas, o que pode atrapalhar a realização de conferência de paz para o Oriente Médio.
Depois de discutir a situação do Oriente Médio com Bush na segunda-feira, o premier israelense, Ariel Sharon, desembarcou em Londres para se reunir com o chefe do governo britânico, Tony Blair. De acordo com um membro da comitiva israelense que pediu para não ser identificado, Sharon reiterou durante um pronunciamento sua oposição à criação de um Estado palestino, alegando que poderia provocar uma ruptura de seu governo e conseqüente instabilidade política em Israel. Sharon acrescentou que, caso se veja obrigado a aceitar acordos com vistas à criação de um Estado palestino, seria obrigado a antecipar as eleições.

Ainda ontem, a presidência da União Européia (UE) fez um chamado à ANA, para que "redobre" os esforços para impedir atos terroristas, ao mesmo tempo em que classificou de "injustificáveis" os obstáculos que Israel cria para o funcionamento do governo palestino. Em uma declaração divulgada após a visita de Sharon a Washington e às vésperas da reunião de chanceleres do G-8 (grupo das sete nações mais industrializadas do mundo e Rússia), a presidência européia, exercida atualmente pela Espanha, expressou uma "preocupação profunda com o atual clima de violência no Oriente Médio".

O ciclo da violência fez mais vítimas na noite de terça-feira, quando as forças israelenses mataram cinco palestinos, frustrando um ataque perto da colônia judaica de Netzarim, na Faixa de Gaza, segundo os palestinos. O ataque foi reivindicado em Gaza, ao mesmo tempo, pela Resistência Popular, braço armado da Frente Democrática para Libertação da Palestina (FDLP), e pelas Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, grupo armado vinculado ao Fatah, movimento de Arafat.

Na noite de ontem, exército israelense evacuou o setor de Ramallah, na Cisjordânia, onde está localizado o quartel-general de Arafat, depois de um cerco de três dias, destacou um alto responsável palestino à AFP. Em Jerusalém, o tenente israelense da reserva David Sonnenstein, que há seis meses recusou-se a servir em território palestino ocupado, foi condenado esta semana a 35 dias de prisão pelo alto comando militar, informou a rádio pública israelense. Um total de 467 oficiais e soldados reservistas assinaram até o momento a "petição dos ausentes", pela qual se negam a servir em território ocupado.

 
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