O secretário de Estado dos Estados Unidos, Colin Powell, apresentou nesta terça-feira, dia 21, o relatório anual da Casa Branca sobre terrorismo. Segundo o documento, o ano de 2001 foi o mais mortífero na história do terrorismo mundial devido aos atentados de 11 de setembro. De acordo com o informe, entre 2000 e 2001, o número de mortos em atentados subiu de 409 para 3.547. Deste, 3.062 morreram ou desapareceram em 11 de setembro, depois dos ataques às torres gêmeas.

– A ameaça terrorista é de amplitude mundial, tem múltiplas facetas e é firme – afirmou Powell no prefácio do relatório.

Apesar do crescimento da quantidade de mortos e feridos, o número de atentados reduziu de 426, em 2000, para 346, em 2001. Quase a metade desses atentados (178) foram cometidos por guerrilheiros na Colômbia.

Segundo o informe do Departamento de Estado, o Irã intensificou seu apoio a grupos radicais palestinos, mas, aparentemente, reduziu o restante de suas atividades terroristas. Além do Irã, que está no topo da lista, outros seis países são considerados por Washington como patrocinadores do terrorismo internacional – Iraque, Síria, Líbia, Sudão, Cuba, Coréia do Norte.

O Departamento de Estado dos EUA reconheceu também a multiplicação de atentados contra israelenses, mas destaca que a Autoridade Palestina, de Yasser Arafat, luta contra grupos terroristas. O relatório diz também que apesar das ações contra a organização Al Qaeda, de Osama bin Laden, a ameaça do grupo – acusado de idealizar os ataques de 11 de setembro – continua vigente.