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FH responsabiliza os EUA por dificultar formação da Alca

O presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a responsabilizar nesta segunda-feira, 20 de maio, os Estados Unidos pelas dificuldades em levar adiante as negociações para a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Conforme a avaliação de FH, não é o Brasil que está deixando a Alca em segundo plano. Fernando Henrique já havia criticado os EUA na semana passada, durante encontro de cúpula de presidentes da América Latina, Caribe e União Européia, em Madri, na Espanha. 

O presidente falou à imprensa na Embaixada do Brasil em Roma, depois de almoçar com o presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, no Palácio do Quirinale.

– As decisões do Congresso americano é que têm dificultado a questão da Alca porque estão limitando muito os poderes do presidente dos Estados Unidos de firmar acordos – afirmou.

Ele observou que, neste último ano, o governo norte-americano adotou uma série de novas restrições, como é o caso das sobretaxas sobre o aço e da lei agrícola que aumenta os subsídios aos produtores locais. No entanto, o presidente negou que o Brasil tenda a preferir uma negociação com a Europa, seja pela constatação das dificuldades criadas para a Alca, seja pelas críticas que ele próprio tem feito ao unilateralismo da administração George W. Bush.

– Pelo contrário: acho que o mundo precisa de mais negociações comerciais – afirmou.

– Precisamos de acesso a mercado, de posições igualitárias e positivas. É por essa razão, explicou, que o Brasil tem especial empenho na defesa das negociações multilaterais.

Segundo Fernando Henrique, a Alca é entendida como uma relação de subordinação da América Latina aos Estados Unidos por "certos setores políticos que não entendem bem o processo econômico". Ele explicou que o Brasil não aceitará oferta que implique subordinação. A decisão quanto à Alca dependerá do tamanho das vantagens comerciais recíprocas que o acordo poderá gerar. FH admitiu que as negociações com os europeus também são difíceis, apesar do fluxo de investimentos diretos que a América do Sul tem recebido da região.

 
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