As medidas compensatórias que os Estados Unidos aplicarão aos laminados planos brasileiros já provocaram efeitos nos resultados do comércio do país com o Exterior. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) constatou queda de 33,56% nas exportações do produto no primeiro trimestre deste ano, em comparação com igual período de 2001, que totalizaram US$ 112,6 milhões.

Esse desempenho foi, portanto, o resultado de uma das iniciativas dos Estados Unidos de fechar seu mercado para o aço estrangeiro, anterior à adoção das medidas de salvaguardas.

– A queda nos embarques de laminados, de quase 34%, foi provocada pelo anúncio das sobretaxas – afirmou a secretária de Comércio Exterior, Lytha Spíndola.

Os dados da Secex mostram que outros itens do setor, como semimanufaturados de ferro ou de aço, ainda não sofreram diretamente os impactos da iniciativa americana. As vendas externas desses produtos somaram US$ 331,9 milhões no trimestre e representaram alta de 21,20%, em comparação com igual período de 2001. Uma semana antes de anunciar as salvaguardas, o governo americano iniciou o processo de investigação de subsídios nas importações de laminados a frio do Brasil, concedidos antes dos processos de privatização das empresas.

O relatório identificou uma margem de 12,58% de subsídio nos preços dos produtos da Cosipa e da Usiminas, de 8,22% nos laminados da Companhia Siderúrgica Nacional e de 11,9% nos de outras empresas.