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Acusado de integrar Cartel de Cali tentava adquirir terminal em Itajaí

Apontado pela Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) do Narcotráfico como o elo brasileiro do Cartel de Cali, o colombiano Joaquim Hernando Castilla Jimenez, preso no mês passado em Santa Catarina, tentava adquirir diversas propriedades no Estado. A suspeita é que a maior organização de narcotraficantes escolheu o sul do Brasil para legalizar R$ 103 milhões.

Um terminal de contêineres às margens do Rio Itajaí-Açu era o maior projeto de Joaquim Jimenez em território catarinense. Além desse empreendimento em Itajaí, ele firmou contratos para a compra de cinco apartamentos de luxo (cada um deles ocupando um andar) e um andar inteiro de salas comerciais, ambos junto ao mar, em Balneário Camboriú. Todos os negócios foram suspensos com a prisão de Jimenez.

Quando foi detido pela Polícia Federal, em 28 de fevereiro, ele passava o dia numa pousada na Praia de Perequê (município de Porto Belo), mas residia havia cinco meses no Tower Beach, um edifício com piscina situado no coração da Avenida Atlântica, a principal de Balneário Camboriú. Pagava US$ 1,3 mil (R$ 3 mil) para ocupar o apartamento 1.301, com três quartos e uma esplêndida vista frontal para o mar. Bastava atravessar a rua para pisar na praia.

Passando-se pelo bem-sucedido empresário argentino Raul Ignácio Castro, Jimenez circulou nas altas rodas catarinenses, freqüentou bingos e acertou empreendimentos de vulto. O maior deles era a construção de um terminal portuário em Itajaí, às margens do rio que corta a cidade. A área é formada por terrenos baldios valorizados.

Um dos donos da área é o empresário Artenir Werner, diretor da transportadora Dalçóquio e que chegou a receber em casa o homem a quem conheceu como Raul Castro. Dizendo-se representante da multinacional Davenport S.A., Jimenez acertou dois negócios com Werner: a aquisição dos terrenos para montagem de uma empresa de importação e exportação e a compra de uma área junto ao mar, na cidade de Governador Celso Ramos.
Castro chegou a depositar dois cheques do Citicorp/Citibank de Nova York em favor de Werner, totalizando US$ 2,1 milhões (R$ 4,9 milhões), mas o valor nunca foi compensado. Conforme Werner, o colombiano alegou que seu advogado queria mais documentos sobre os terrenos. Quando o negócio estava por ser fechado, Jimenez foi preso. As informações são do Diário Catarinense, que publica neste domingo reportagem sobre os negócios do Cartel de Cali no Sul.


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30/03/2002 13h35min
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