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Investigados negócios do Cartel de Cali em Santa Catarina

A maior organização de narcotraficantes do mundo escolheu o Sul do Brasil para legalizar a estupenda quantia de R$ 103 milhões. A acusação é de procuradores estaduais do Rio Grande do Sul, que rastrearam movimentações financeiras do colombiano Joaquim Hernando Castilla Jimenez, apontado pela CPI do Narcotráfico como o elo brasileiro do Cartel de Cali, que lidera o tráfico de cocaína. Documentos apreendidos com Jimenez indicam que, em um ano de peregrinações pelo Rio Grande do Sul e também por Santa Catarina, o colombiano negociou a compra de nove imóveis e fez milionárias aplicações financeiras. As transações só não avançaram porque o estrangeiro foi preso no final de fevereiro, na Praia de Perequê, em Porto Belo, Litoral Norte catarinense.

A Agência RBS refez os passos de Jimenez pelos dois Estados e constatou que o colombiano, usando este nome ou a identidade argentina de Raul Castro, firmou, desde abril passado, contratos para a compra de imóveis avaliados em cerca de R$ 12 milhões. Só em Santa Catarina, seriam R$ 8,5 milhões. Entre as negociações de Jimenez, estavam;cinco apartamentos e um andar de salas comerciais em Balneário Camboriú, uma área para construção de um porto privado em Itajaí, um hotel em Gramado (RS), uma casa no balneário gaúcho de Atlântida e uma mansão na zona sul de Porto Alegre.

Documentos em poder da Promotoria de Justiça Especializada Criminal gaúcha apontam para movimentações de US$ 39 milhões (R$ 92,2 milhões) de Jimenez com bancos do Panamá, da Venezuela e dos Estados Unidos. O Ministério Público estuda a formalização de um pedido a estas instituições financeiras para que enviem cópias das conversas mantidas com o colombiano (os bancos norte-americanos costumam gravar os diálogos telefônicos com clientes, por medida de segurança) e das transferências de dinheiro feitas por ele. Só assim será possível identificar se Jimenez realizou as transações ou se não passa de um estelionatário com delírios de grandeza.

Foi em outubro de 1999 que Jimenez, um homem que já trabalhou em bancos colombianos e com experiência no ramo, ganhou os noticiários nacionais. Preso em Fortaleza depois de acertar a compra de apartamentos por US$ 1 milhão e não pagar, ele se dispôs a colaborar com a CPI do Narcotráfico da Câmara dos Deputados. – Jimenez declarou que era ligado ao Cartel de Cali e tinha muito o que falar, interessando aos deputados – recorda o delegado federal que o prendeu em Fortaleza, Cláudio Joventino. Reportagem completa sobre a investigação da polícia dos negócios do Cartel de Cali em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul estão publicadas na edição deste domingo, dia 31, do jornal Diário Catarinense, e do Jornal de Santa Catarina.


 
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