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Governo colombiano anuncia medidas para conter as Farc

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deram seguimento nessa quinta-feira, dia 28, à onda de ataques contra a infra-estrutura do país – que já deixaram mais de 50 municípios às escuras –, uma semana depois de o presidente colombiano, Andrés Pastrana, ter anunciado o fim do processo de paz com a guerrilha.

O governo colombiano reagiu aos ataques, anunciando a criação de uma “zona de guerra” em seis departamentos do país – Cundinamarca, Meta, Guaviare, Tolima, Huila e Caquetá –, onde serão adotadas medidas de exceção que permitirão um maior controle do exército. Nestes seis departamentos (Estados), um comando militar terá poderes especiais para restringir os movimentos da população e examinar seus documentos de identificação.

Nestes locais, que o governo também batizou de “teatro de operações”, poderão ser proibidos, ainda, o porte de armas e o consumo de álcool. O governo também vai fixar recompensas de até US$ 430 mil pela captura de líderes rebeldes. Ao anunciar ontem que o exército sabe onde estão escondidos os “cabeças” das Farc, o comandante da força aérea colombiana, Héctor Velasco, cobrou dos EUA mais “apoio técnico” na luta contra a guerrilha.

– Capturá-los é uma questão de tempo. Vejam há quanto tempo os Estados Unidos estão atrás de Osama bin Laden – disse.

Ontem, o exército matou pelo menos oito guerrilheiros. Nos últimos dias, mais de cem foram presos e armamentos foram apreendidos em diferentes partes da Colômbia. Em contrapartida, as Farc têm causado abalos no país. Ontem, duas explosões destruíram uma subestação geradora de energia no centro da cidade de Arauca. O atentado causou prejuízos equivalentes a US$ 5 milhões. Os 16 municípios do departamento de Caquetá, no sul do país, entre eles San Vicente del Caguán – que integrava a ex-zona desmilitarizada –, estão às escuras há uma semana.

A cidade está isolada desde ontem, depois que a guerrilha dinamitou uma ponte. A cidade de Florencia, em Caquetá, também está sem comunicação. Em um telefonema dado ao comandante da Frente 53 das Farc, Henry Castellanos, por uma pessoa não-identificada, e gravado pelo governo, os planos da guerrilha ficam claros.

– É preciso que caia tudo: pontes, torres. A oligarquia deve sentir a guerra – diz Castellanos.

Quarta-feira, quatro dias depois do seqüestro de Ingrid Betancourt, os filhos da candidata à presidência enviaram uma mensagem à mãe. Mélanie, 16 anos, e Lorenzo, 13, que moram na Nova Zelândia, pediram a Ingrid que “lute com força”.

 
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