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 | 21/11/2005 11h45min

Alta dos juros do Banco Central Europeu recebe críticas

Empresários pediram que a entidade espere sinais mais claros de recuperação

A anunciada elevação das taxas de juros na zona do euro pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, não recebeu apenas elogios, mas também críticas de políticos e economistas.

Líderes políticos e associações empresariais pediram que a entidade espere sinais mais claros de uma recuperação da economia antes de aumentar os juros, embora o reajuste inicial deva ser pequeno.

Um dos primeiros a discordar da primeira alta dos juros na zona do euro em mais de cinco anos foi o governo de coalizão da Alemanha, que será formado oficialmente na terça e que chamou a medida de "ação de inimizade".

O presidente do Instituto de Economia da Alemanha, Michael Hüther, disse que o anúncio de Trichet de fazer um ajuste moderado da política monetária não era absolutamente necessário.

O aumento provavelmente será de 0,25 ponto percentual para 2,25%, na próxima reunião do conselho de governo do banco para debater a política monetária, em 1º de dezembro.

Na Alemanha a economia registrou um crescimento anêmico nos últimos anos. Em 2005, pode oscilar entre 0,8% e 1,2%, níveis muito inferiores aos de outros membros da zona do euro.

O BCE justificou a alta iminente, anunciada de surpresa na sexta em Frankfurt, com a persistente elevação dos preços e com sua estratégia de combater os riscos inflacionários e manter a plena confiança na estabilidade dos preços, tal como estabelece seu mandato.

Outros observadores, no entanto, consideram que o aumento dos juros está bem sincronizado porque a economia européia cresceu em um ritmo maior no terceiro trimestre do ano e o clima de confiança empresarial melhorou notavelmente.

AGÊNCIA EFE
 
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